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Ex-presidente da Mancha Alvi Verde suspeito de envolvimento em emboscada se apresenta à polícia

O ex-presidente da Mancha Alvi Verde Jorge Luís Sampaio se apresentou à polícia nesta quarta-feira, após ficar mais de um mês foragido. Ele é suspeito de envolvimento na emboscada da organizada do Palmeiras a um ônibus com torcedores do Cruzeiro, em outubro. A ação terminou na morte de uma pessoa e 17 feridos. O integrante da uniformizada palmeirense foi encaminhado à sede do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de São Paulo.

Outras 13 pessoas já haviam sido presas por suspeita de participação no crime. No fim da tarde desta terça-feira, Leandro Gomes dos Santos também se entregou às autoridades. Eles foram identificados após a análise de gravações de vídeo que mostram a ação da Mancha Alvi Verde contra os ônibus dos cruzeirenses. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a investigação é mantida em sigilo.

Jorge Luís renunciou à presidência da organizada na segunda-feira, alegando a necessidade de se concentrar em sua defesa. Ele esteve à frente da torcida por três anos. Segundo a defesa, ele nega participação no ato e tem “confiança de que tudo será esclarecido”. Ele está preso temporariamente até a Justiça definir se converte a detenção em prisão preventiva.

A emboscada aconteceu na madrugada do dia 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, no sentido de Belo Horizonte. O ataque terminou com a morte de José Victor Miranda, de 30 anos. Ele integrava um grupo da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, de Sete Lagoas (MG). Miranda chegou a ser internado no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, em estado gravíssimo em decorrência de ferimentos de queimaduras e não resistiu. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atendeu a ocorrência no dia, foi ateado fogo em um dos ônibus dos cruzeirenses.

O caso é entendido como uma “cobrança” dos palmeirenses por uma ação de torcedores do Cruzeiro contra integrantes da Mancha Alvi Verde em 2022, também na Fernão Dias. Na época, Jorge Luís Sampaio Santos teve sua carteirinha de sócio, documentos e cartões de créditos arrancados dos rivais durante o confronto, além de ter sido espancado e ter vídeos expostos nas redes sociais. A confusão terminou com quatro torcedores feridos a tiros.

Estadão Conteudo

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