Cidades

Defesa Civil está em alerta e pronta para desocupação em caso de alagamentos

 
No local, as casas são construídas as margens do córrego e um dos principais problemas é o acúmulo de lixo. Na tarde desta sexta-feira (21), a reportagem flagrou o menino Vanderlan de 12 anos (camiseta vermelha) e um amigo pouco menor, “pescando” no Córrego do Gamba. Não há peixe naquelas águas, mas o lixo que boia, arrebenta a linha de náilon e essa é a diversão das crianças.
 
“Quando eu era menor eu vi jogarem um sofá grande no córrego, quando choveu forte o sofá foi até a curva, lá ele parou e não deixou a água passar, aí a rua alagou”, relatou a criança. Sacos plásticos, linhas, restos de muitos móveis e eletrodomésticos são vistos nas margens e dentro do córrego.
 
Outro morador do São Mateus, Valdir Neres dos Santos, conta que as águas do Gamba não transbordam mais nas Ruas São Jorge e São Gonçalo, principais do bairro. Mas sim nas vicinais, que ficam após a curva do córrego. “Eu acho que transborda lá em cima, por conta da sujeira no córrego, aqui na rua principal não alaga mais desde que fizeram umas obras de vazão, a uns cinco anos”.  
 
Para tentar resolver situações como a que aflige os moradores do Córrego do Gamba, a Defesa Civil Municipal desenvolveu um plano de contingência intitulado Programa Rio Cuiabá. Durante o período de chuva, que vai até o fim de março, o órgão permanece em alerta e assim que qualquer região ultrapassar o limite de 6,5 metros os moradores serão retirados e encaminhados a locais já organizados para situação em cada região.
 
O comandante da Defesa Civil, Oscar Amélito, contou a novidade após o marcador do Rio Cuiabá atingir 5,2 metros, nessa sexta (21). Segundo o comandante, a Defesa Civil realiza reuniões com presidentes de bairros, União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros e Similares (UCAMB) e União Coxipoense de Associação de Moradores (UCAM).
 
“Nessas reuniões são escolhidos cinco moradores e esses, mais os representantes de cada localidade são o contato da Defesa Civil nas áreas de risco, constantemente monitoradas. Dessa forma, quando uma região alagar a população será remanejada o mais rápido possível”, explica Oscar Amélito. 
 
Foto: Mary Juruna Foto: Mary Juruna Foto: Mary Juruna
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Redação

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