A escolhida do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para chefiar a inteligência nacional do país, Tulsi Gabbard, foi colocada em uma lista do governo norte-americano de vigilância em voos, devido a seus padrões de viagens ao exterior chamarem a atenção do sistema de segurança. A revelação foi feita pela CNN nesta sexta-feira, 22, citando três fontes, que falaram sob condição de anonimato.
Segundo a apuração, Tulsi esteve brevemente em uma lista da Administração de Segurança de Transporte (TSA, na sigla em inglês), chamada “Quiet Skies,” que pede uma triagem de segurança extra antes das viagens aéreas. Ela foi removida depois que ganhou repercussão a inclusão de seu nome na “lista de vigilância terrorista” – algo falso, já que o programa “Quiet Skies” não tem relação com a lista de terroristas dos órgãos de segurança americana.
De acordo com o governo dos EUA, por meio da análise dos padrões de viagem, o programa identifica indivíduos que possam representar um risco de segurança elevado. Os passageiros dessa lista não necessariamente são impedidos de embarcar, mas
passam por etapas adicionais de segurança.
Tulsi associou o fato a uma suposta retaliação, afirmando, sem provas, que foi colocada na lista porque criticou a então candidata presidencial Kamala Harris em uma entrevista à Fox News. “O regime Harris-Biden agora me rotulou como uma ameaça terrorista doméstica”, disse Tulsi em uma postagem no X em setembro.
Não está claro o porquê de ela ter sido acrescentada à lista. Segundo a CNN, como membro do Congresso em 2017, ela trabalhou fora dos canais oficiais para viajar à Síria para se encontrar com o presidente Bashar al-Assad, em plena guerra civil no país árabe.
Trump nomeou Tulsi como diretora de Inteligência Nacional no último dia 13. Antiga democrata, a ex-congressista havaiana mudou de lado para apoiar Trump no início deste ano, e o ajudou no debate contra Kamala.