São várias as reivindicações, desde a falta de aparato ao excesso de carga horária. Mas o gatilho que disparou mais uma vez o alerta foram as recorrentes más condições das marmitas disponibilizadas aos policiais em serviço. De acordo com Aníbal, todos os dias ele recebe reclamações de que a alimentação não atende às necessidades básicas do servidor, dando conta inclusive de que as marmitas já estariam chegando às delegacias estragadas, sem nenhuma condição de consumo.
“Parece que eles não estão lidando com gente. Os policiais já trabalham com uma carga horária acima do que manda a lei – por conta do número baixo do efetivo –, e ainda quando vão se alimentar se deparam com a comida azeda”, ressalta o presidente, ainda lembrando que as reclamações não são recentes, tanto que a empresa trocou a embalagem do produto, trocando as de alumínio pelas de isopor, sem alterar em nada a qualidade da comida.
Para solucionar de vez a questão, o sindicato pede a implantação de vales-alimentação, de maneira que cada servidor tenha o direito de escolher onde, em que horário e o que vai comer. A proposta leva em consideração o valor médio cobrado pelos restaurantes da cidade, em torno de R$ 15,00 por refeição. De acordo com Aníbal, os servidores não têm a pretensão de ter o benefício igualado ao dos procuradores, promotores do Ministério Público Estadual (MPE) e os demais servidores que receberam aumento no auxílio-alimentação em 2013, mas querem o valor justo para uma alimentação adequada.
“Nós estamos cansados de ser humilhados desta maneira. Muitos servidores públicos contam com o auxílio-alimentação. Por que nossa categoria não tem o mesmo direito?”, questiona.