"Fui informado pela segurança que o tribunal corre o risco de ser invadido. Vamos fazer um intervalo na sessão", disse Lewandowski, que presidia no lugar do ministro Joaquim Barbosa, que havia se ausentado do plenário.
Segundo a Polícia Militar, são cerca de 20 mil militantes, que pedem ao governo mais agilidade na reforma agrária.
A PM não confirma o número de feridos, mas, segundo a "GloboNews", 12 policiais teriam se machudado no protesto.
Os manifestantes desceram a Esplanada dos Ministérios e chegaram à praça dos Três Poderes, onde fica o prédio do STF, e derrubaram as grades que protegem o local. Os seguranças do próprio STF e policiais militares conseguiram conter a tentativa de invasão.
Os manifestantes estão vestidos com camisetas e bonés vermelhos e carregam várias faixas, algumas com críticas à atuação do Poder Judiciário. Uma delas diz "STF, refém da Rede Globo", e outras cobram o julgamento do mensalão tucano e o julgamento de casos de assassinatos de camponeses. Há ainda faixas chamando o mensalão de "julgamento de exceção" e "crime é condenar sem provas".
Dispersão
Depois da tentativa de invasão do STF, os manifestantes se dispersaram pela praça dos Três Poderes, ao redor da qual ficam, além do STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. A Polícia Militar chegou a jogar duas bombas de efeito moral sobre os manifestantes.
Os militantes ocupam parte do gramado em frente ao Congresso Nacional e outros caminham pela Esplanada dos Ministérios. O Congresso e o Planalto reforçaram a segurança para evitar eventuais invasões. Por volta das 17h20, a maioria deles já havia deixado a praça dos Três Poderes.
Alguns manifestantes entraram no espelho d'água que fica em frente do Congresso.
Nesta semana, a capital recebe o Congresso Nacional do movimento, realizado no ginásio Nilson Nelson. Além de representantes dos 23 Estados, há um grupo de 250 pessoas ligadas a movimentos sociais de outros países.
UOL