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Membros de facção são condenados a 127 anos por morte de trabalhador que fez gesto de grupo rival

O Tribunal do Júri da Comarca de Lucas do Rio Verde (340 km de Cuiabá) condenou sete integrantes da facção Comando Vermelho a pouco mais de 127 anos de prisão em regime fechado por envolvimento na execução de Maurício Ferreira Lucas. A vitima teria sido assassinada com pancadas e tiros por ter feito gesto alusivo a uma organização criminosa rival à dos suspeitos. A sessão de julgamento durou cerca de 20 horas.

O Conselho de Sentença reconheceu que o homicídio foi cometido por motivo torpe e mediante dissimulação. As penas dos condenados, se somadas, chegam a pouco mais de 127 anos.

Lucas Brites Alves e Luis Felipe de Brito dos Santos foram condenados a 22 anos de reclusão. Edypool Rafael Giuzio de Carvalho, Mateus Pereira de Oliveira e Ricardo Vinicius Ferreira Campos receberam a pena de 19 anos. Já a pena de Fernando Pires Rialto da Conceição foi arbitrada em 13 anos e de Michel Ferreira da Silva em 13 anos e 2 meses de reclusão.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o crime aconteceu em junho de 2021, em uma região de mata situada próximo aos bairros Parque das Araras e Parque das Américas, na cidade de Lucas do Rio Verde. Os sete faccionados, na companhia da adolescente W.S.P., “em união de desígnios e divisão de tarefas, imbuídos de animus necandi (intento de matar), por motivo torpe e mediante dissimulação, mataram a vítima Maurício Ferreira Lucas, valendo-se de pancadas e armas de fogo”.

A investigação apontou que os condenados, integrantes da organização criminosa comando vermelho, arquitetaram o assassinato da vítima em razão de ela possuir fotos em uma rede social fazendo sinal com três dedos, símbolo que caracteriza filiação ou simpatia por uma organização criminosa rival. Maurício Ferreira Lucas estava na cidade havia poucas semanas, trabalhando na construção civil.

O plano criminoso foi autorizado pelo condenado Lucas, que é um dos líderes do tráfico de drogas e da facção na cidade. O denunciado Michel se aproximou da vítima, fingindo ser amigo de Maurício, e o atraiu para a armadilha.

João Freitas

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