Os dados divulgados pelo ministério apontam que as compras de bens de capital, usados, cresceram 7,1% ante janeiro de 2013, segundo o critério da média diária. A compra de matérias-primas e peças intermediárias também teve crescimento, de 3,2%. Os números mostraram ainda alta de 8,8% nos gastos com importações de bens de consumo, como máquinas para uso doméstico, móveis, vestuário e objetos de decoração. Para Daniel Godinho, essa última elevação também é positiva e não indica maior competitividade de produtos estrangeiros em relação aos nacionais. Segundo ele, parte significativa dos bens de consumo cujas exportações cresceram é eletroeletrônica. Também há uma procura por peças e componentes desse tipo de produto. Na avaliação dele, isso está relacionado à aproximação da Copa do Mundo e à demanda interna aquecida, tanto por produtos brasileiros quanto por fabricados no exterior.
Em 2013, o mês de janeiro também registrou déficit elevado, de US$ 4,04 bilhões. Na ocasião, no entanto, o resultado negativo era explicado pela queda na produção e, consequentemente, nas exportações do petróleo brasileiro. O motivo foi a parada programada para a manutenção de plataformas. Além disso, houve uma defasagem no registro de importações de combustíveis e lubrificantes, feitas em 2012 mas que acabaram impactando a balança de 2013. Este ano, no entanto, segundo Godinho, a conta-petróleo já dá indicativos de maior equilíbrio.
Com relação aos parceiros comerciais, o Brasil registrou queda de 13,7% nas exportações para a Argentina ante janeiro de 2013. Para Daniel Godinho, é cedo para dizer se a queda é um impacto da crise no país vizinho. Cresceram 27,7% as vendas externas do Brasil para a China e 11,4% o comércio para os Estados Unidos. O secretário destacou que, nos últimos seis meses, as exportações para os norte-americanos têm crescido regularmente, com exceção somente de novembro do ano passado.
Agência Brasil