Dados da Federação da Distribuição de Veículos Automotores de Mato Grosso (Fenabrave-MT) apontam que o estado teve alta de 6,8% nas vendas em 2023 ante o ano anterior. O resultado chama a atenção em função da queda expressiva – superior a 30 pontos percentuais – nos emplacamentos de ônibus e caminhões. Por outro lado, a comercialização de motocicletas cresceu quase 18%, seguido por carros e comerciais leves (+6,5%)
Para 2024, o mercado automotivo de Mato Grosso inicia 2024 com a confiança nas alturas. Representantes do setor no estado projetam aumento nas vendas de 20% a 25% em relação a 2023.
Os percentuais estão bem acima e chegam quase a dobrar no comparativo com a estimativa (+12%) feita pela Fenabrave. A maior quantidade de dias úteis no ano ante o ano anterior e a queda dos juros são dois dos principais fatores que contribuem para a expectativa otimista do segmento.
“No caso de Mato Grosso, ainda há um importante ponto que é a força do agronegócio na economia local, que demanda maquinários e veículos de grande porte. Além disso, a redução dos juros tendem a facilitar a oferta de crédito no mercado”, comenta o presidente da Fenabrave-MT, Manoel Guedes.
“Além disso, o Marco das Garantias, que permite a tomada de carros dados como garantia em caso de atraso no pagamento das parcelas, reforçam a segurança jurídica para que os bancos emprestem dinheiro para o consumidor”, emenda.
Balanço 2023
Com alta de 10,7% sobre o resultado de novembro, o mês de dezembro registrou 400.020 emplacamentos, fazendo com que o ano de 2023 fechasse com alta de 12% sobre 2022, segundo informações da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Todos os segmentos, à exceção de caminhões, registraram evolução no ano, com destaque para motocicletas (crescimento de 16,1%) e automóveis e comerciais leves (+11,3%).
“Foi um ano em que o setor automotivo demonstrou uma recuperação importante e que deve ser celebrada, tanto que foi a 1ª vez, desde 2019, que tivemos mais de 2 milhões de automóveis e comerciais leves emplacados no ano. No entanto, temos que lembrar do impulso das medidas provisórias que estimularam o setor, o que mostra que é necessária a busca de soluções permanentes que mantenham o mercado aquecido, já que se trata de um setor que conta com 7.400 concessionárias, instaladas em mais de 1.000 municípios e que respondem por mais de 300 mil empregos e por 5% de participação no PIB nacional”, analisa o presidente da FENABRAVE, Andreta Jr.
Segundo ele, além dos estímulos fiscais ao setor, concedidos pelo governo, por meio das Medidas Provisórias 1175 e 1178, em junho de 2023, a melhora do crédito, com início do ciclo de redução da taxa de juros, nos últimos meses do ano, foi fundamental para que a alta de 12% sobre 2022 pudesse ser atingida.
“A disponibilidade e o custo do crédito têm muita influência na decisão de compra dos consumidores. Com a ligeira melhora na inadimplência, no último trimestre de 2023, percebemos que houve uma maior disponibilização de crédito por parte das instituições financeiras e isso foi captado pelo mercado”, diz.