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Com menos feriados em dias úteis em 2024, prejuízos do comércio devem ser 4% menores em relação a 2023

Com menos feriados em dias úteis em 2024, as perdas do comércio em função de dias ociosos devem ser de R$ 27,9 bilhões, volume 4% menor em relação ao ano anterior, aponta estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Ainda conforme o levantamento, os feriados que caíram em dias comerciais em 2023 geraram um prejuízo médio de R$ 3,2 bilhões ao varejo.

A principal novidade no calendário é a inclusão de um novo feriado nacional em 2024, somando um total de 10 datas, agora com o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. A incidência dos feriados em dias úteis favorece o turismo, mas gera prejuízos para o comércio por conta da queda no nível de atividade e elevação dos custos de operação.

Após um ano aquém das expectativas, a empresária Carla Rocha, proprietária da pousada Casa de Rocha, no município de Nobres (130 km de Cuiabá), destaca que os empreendimentos da cadeia turística terão que somar esforços para fortalecer o segmento diante da “escassez” de feriados.

“Os feriados prolongados são as principais datas para o setor, especialmente no segundo semestre. Com a falta deles neste ano, não há outra alternativa além de investir na qualificação da prestação dos serviços e na realização de feiras e eventos para atrair empresas e desenvolver toda uma infraestrutura voltada para o fortalecimento do turismo. Assim, estimula-se a vinda de pessoas de outras cidades do estado e do país e, até mesmo, de turistas estrangeiros”.

Pelas contas da CNC, cada feriado reduz a rentabilidade média do setor comercial em 1,2%. Desse modo, os feriados do próximo ano deverão impactar o excedente operacional em 9%. Os ramos de atividade em que a relação folha/faturamento se mostra mais elevada, como os segmentos de hiper e supermercados e comércio automotivo, tendem a sofrer os maiores impactos.

Isso porque ambos os setores respondem por quase metade (40%) das perdas previstas para o ano devido à concentração de mais de 44% da folha de pagamentos do comércio nacional.

“Por mais que as vendas possam ser compensadas de forma parceial nos dias anteriores ou posteriores aos feriados, o peso elevado dos gastos com pessoal na atividade comercial é a principal fonte dos prejuízos pelas datas de descanso, comprimindo as margens de operação diante de um público menor e da paralisação de atividades”, explica o economista Fabio Bentes. (com informações da assessoria)

Fonte: Jornal A Gazeta

João Freitas

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