As dificuldades logísticas provocadas pela restrição de tráfego no trecho do Portão do Inferno na MT-251 não afetaram as expectativas de empresários de diversos segmentos para o resultado de vendas e receitas neste fim de ano. Mesmo com as mudanças forçadas na principal rota de acesso que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, a chegada maciça de pessoas de outras cidades do estado e do país para o Réveillon promete movimentar a economia local. De acordo com a prefeitura, o município se preparou para receber mais de 100 mil turistas.
Um dos setores que mais se beneficiam com essa invasão é o de hotelaria. Segundo a diretora-executiva da pousada Villa Guimarães, Sônia Bezerra, as reservas para os dias próximos à passagem de 2023 para 2024 já estão esgotadas. Apesar de um início de mês com o fluxo aquém do esperado, a procura se acentuou para valer na segunda semana e já não temos leitos disponíveis, afirma a gestora.
Ela ainda destaca que os desvios no trajeto devem encarecer o custo total da estadia para as famílias que optarem passar alguns dias na cidade em cerca de 50% -já incluindo a variação do reajuste anual.
A interdição é algo que atrapalha, não tenha dúvidas, porque o custo para se deslocar até a capital e abastecer os suprimentos vai subir de forma expressiva. Para se ter uma ideia, o percurso que passa por Campo Verde é três vezes maior em relação à rodovia estadual. Infelizmente, é uma situação que não nos dá muitas alternativas.
Quem também está confiante para aumentar o faturamento com o boom de turistas é o empresário Joarce Neves, proprietário da padaria Pão da Praça, localizada na região central. Além dos festejos tradicionais da cidade, o comerciante acredita que a reforma da Praça Dom Wunibaldo (entregue há pouco mais de 10 dias), que está com iluminações e decorações especiais de Natal, também é um atrativo a mais.
Por ser uma cidade turística, muitos grupos de amigos e famílias que possuem casas de veraneio aproveitam as férias na cidade e isso nos transmite mais confiança e gira a economia. É um cenário que poderia ser ainda melhor senão fosse a incerteza em relação à disponibilidade de acesso da estrada e a condição financeira precária da maioria da população local, analisa.
Fonte: Jornal A Gazeta