Apesar dos bons resultados, o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, aponta 2013 como um ano de começo difícil, reflexo da alta do boi, com preços em torno de R$ 90 e altos custos de produção. “Foi um ano razoável, recuperamos nos últimos meses do ano, com arroba em torno de R$ 95”.
Porém, o abate recorde, a expectativa é de que seja 10% maior em relação ao ano passado, onde foram abatidas 5,53 milhões de cabeças, e a volta de compradores como a Rússia, são os pontos positivos do ano para os pecuaristas mato-grossenses, que não enfrentaram catástrofes, como a seca e pragas, e grandes oscilações do mercado financeiro.
O ano foi marcado também pelo grande volume de abate de fêmeas, principalmente no primeiro semestre. Vacari explica que isso irá acarretar em menor número do rebanho em 2014, mas que o abate foi necessário para os pecuaristas, que precisavam se recuperar de uma crise, iniciada em anos anteriores. “Mato Grosso abateu no primeiro semestre 52% de fêmeas, é muito, e mostra claramente que existia um problema”, disse o superintendente.
Vacari conta que a crise começou em 2010, devido a uma seca, que acarretou em problemas no pasto. “Em 2011 e 2012 tivemos ataque de pragas muito grande, lagarta e cigarrinha, isso tudo culminou em um problema de renda na pecuária em 2013”. Dessa forma, os pecuaristas que normalmente abatem em torno de 34% das fêmeas do rebanho, tiveram que se desfazer de 52% e evitar dívidas.
Expectativa – O setor aguarda para 2014 bater novos recordes em exportações e movimentar ainda mais o consumo interno de carne. Em ano de Copa do Mundo, os pecuaristas defendem também a oportunidade de mostrar ao mundo a qualidade da carne produzida no país.
Fonte: Gazeta Digital