O presidente do Senado havia enviado ofício nesta segunda-feira pela manhã para o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para saber se ele cometeu alguma irregularidade ao utilizar um jatinho da Força Aérea, na quarta-feira passada, para ir a Recife fazer um implante capilar.
O decreto presidencial 4.244, de 2002, é claro ao apontar que as autoridades só podem utilizar as aeronaves da FAB em três circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica, em viagens de serviço ou no deslocamento para seu local de residência fixa.
Renan é senador por Alagoas. O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), ao defender o amigo disse que o presidente do Senado se valeu do jatinho para ir para casa, mas "desceu antes". Viana, porém, incorre em erro de geografia, uma vez que Recife está localizada depois de Maceió.
A reserva da aeronave foi feita para levar Renan a Recife, como demonstra relatório da FAB – ou seja, oficialmente, ele solicitou o avião não para ir para sua casa.
Esta não é a primeira vez que o presidente do Senado faz uso privado de um bem público. Em junho, ele já havia utilizado do mesmo expediente. Na ocasião, ele foi ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em trancoso, no litoral da Bahia. Depois da polêmica, fez um reembolso de R$ 32 mil.
Fonte: Estado de São Paulo