O pedido foi encaminhado para o setor social do hospital que, com ajuda do juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarim, iniciou mobilização para conseguir atendê-lo. Ainda nesta quarta-feira, a mãe do adolescente deverá passar por uma triagem no centro de referência. Ela será acompanhada por um psiquiatra e uma equipe multidisciplinar, que vai dar início ao processo de desintoxicação.
Após esse período, que vai depender da avaliação médica, a paciente será encaminhada a uma das clínicas de recuperação conveniadas ao governo do Estado, dentre as cidades que podem receber a mulher estão São José do Rio Preto (SP) e Jaci (SP).
“Ela ficará, aproximadamente, um mês fazendo a desintoxicação. Depois, será encaminhada novamente ao centro, que fará uma nova avaliação sobre a situação dela. Ela pode pedir para novamente ser internada, inclusive em um lugar mais próximo da família, ou, caso ela tenha condições, será encaminhada para o Centro de Atenção Psicossocial, que fará os encaminhamentos necessários”, afirma Maria Luiza Santos, auxiliar de enfermagem do Centro de Referência.
Entenda o caso
A carta de um adolescente de 14 anos, de Fernandópolis, endereçada ao 'Papai Noel', surpreendeu os funcionários dos Correios. Neste Natal, ele trocou o presente por uma ajuda: o garoto pediu que a mãe, usuária de drogas, fosse internada em uma clínica para viciados químicos.
A carta, que foi entregue à avó para ser levada aos Correios – dentro da campanha que a empresa faz, para adoção de uma carta em que o colaborador doa o presente para uma criança de família pobre – dizia: "Querido Papai Noel, gostaria de pedir ao senhor vê se o senhor podese (sic) não me dá um presente, eu estou te escrevendo porque eu não quero um presente, mas estou te pedindo que você pode me ajuda a enterna (sic) a minha mãe porque ela tem que enterna (sic) para sair das drogas e a clínica é pago e é muito caro, eu e nem a minha família pode (sic) pagar. Por favor, me ajuda e ajuda minha mãe, eu só pesso (sic) isso. Obrigado e um lindo feliz Natal".
Mesmo a Santa Casa não oferecendo o tratamento para dependentes químicos, os funcionários, sensibilizados, buscaram uma clínica de recuperação para a mãe do garoto. "O desejo do menino se transformou no desejo de todos”, comenta Geraldo Silva de Carvalho, provedor da Santa Casa.
Globo.com