Eventos como esse trazem grandes possibilidades de intercâmbio, além da oferta cultural e de entretenimento para o público local. Aos profissionais da área o festival traz oportunidades de aprendizado e crescimento profissional. Duas oficinas estão confirmadas e a participação nelas é gratuita, porém, os interessados devem se apressar nas inscrições – que já estão abertas – pois o número de vagas é limitado.
A organização desta terceira etapa do festival é do grupo Tibanaré de Teatro, que informa que as oficinas "Empreendedorismo criativo mão na massa" e "Pedagogia para o ator" já estão com inscrições abertas e devem ser feitas através do email grupotibanare@gmail.com . Serão ministradas pelos experientes profissionais que atuam na área, Rafaela Cappai e Weber Carvalho, respectivamente.
Mão na massa
A oficina "Empreendedorismo criativo mão na massa", com Rafaela Cappai, terá carga horária de dez horas, distribuídas entre os dias 03 e 04 de dezembro, nos períodos matutino (09h às 12h) e vespertino (13h às 15h), em local ainda a ser definido. É direcionada a artistas, gestores, produtores, ativistas, jornalistas, criativos, entre outros profissionais que já empreendam nas áreas da cultura, economia criativa e/ou terceiro setor, ou que possuem grande interesse em começar a empreender. A participação implica em requisitos como ter mais de 16 anos de idade; possuir acesso à internet; ter vontade de aprender, de trocar, de criar, de se desenvolver.
Pedagogia para o ator
A oficina se desenvolve ao longo de quatro dias (03 a 06/12), com uma carga horária de 12 horas. No período matutino, das 08 às 11h. Desenvolve quatro tópicos em seu conteúdo, que abordam experiências profissionais de Weber Carvalho, que já correu o mundo incrementando sua formação: Wierpoitns (ocidente), Odisse Dance (oriente), Exercícios de Augusto Boal (Teatro do oprimido) e jogos de Eugenio Barba (Teatro Antropológico).
Muitos exercícios são experimentados e como a maioria dos grupos são amadores e não contam com profissionais formados em teatro a tendência e que o grupo viva uma pedagogia de experimentações e diálogo com todas as outras atividades que têm por objetivo potencializar a expressividade e melhorar a oralidade. É muito comum ver atores dizendo que eram tímidos e sentiam medo de falar em público. Meses após praticarem o Drama eles perdem esse medo de falar em público e conseguem organizar melhor suas ideias, passando a se expressar melhor. O teatro acaba tendo comum função libertar a palavra, mas e depois disso? Porque tantos grupos ficam rodando no próprio rabo? O que temos é um entulho de técnicas mal empreendidas e atores sem técnica nenhuma encenam apenas com espontaneidade que brota a cada espetáculo… Fica uma indagação no ar: como atuar com técnica e qual seria a técnica para o ator?
Oficineiros
Rafaela Cappai é artista com mais de 15 anos de experiência em teatro e dança e empreendedora à frente da Espaçonave ( http://www.espaconave.org).
Como atriz, explora diferentes linguagens, da comédia ao drama. Como bailarina, atualmente se concentra no diálogo entre dança e improvisação, utilizando o estímulo de músicas, cidades e pessoas para criar.
Tem significativa formação acadêmica, inclusive, em empreendedorismo cultural e criativo. Rafaela acumula experiências com gerência de eventos corporativos atendendo clientes como Itaú Private, Coca-Cola e Peugeot; como produtora do FIT, o Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte; e como jornalista de TV, como apresentadora, produtora e repórter da TV Horizonte. Ela tem os olhos bem abertos para novos modelos de negócios, como o co- working, crowdfunding, negócios sociais, coletivos, redes e incubadoras artísticas.
Weber Carvalho é roteirista, ator bailarino e diretor de teatro. Tem como principais experiências a formação no centro de teatro do oprimido, STI de Anna Borguet e Odisse Dance de Kelucharam Mahapatra. A partir dessas experiências sistematizou jogos para atores e bailarinos, através de uma série de exercícios apresentados por Weber, que já foram experimentados na África do Sul, Tailândia e Índia. Nesses países o diretor aplicou parte de sua pesquisa sobre a dramaturgia rural.
No ano de 2013 ele viajou por nove países e recolheu técnicas utilizadas por atores e bailarinos da America do sul, África, Europa e Ásia, sistematizando dessa maneira uma serie de exercícios para a preparação do ator.
Assessoria