O número de análises laboratoriais em plantas coletadas pelos produtores do estado cresceu desde o ano passado, quando 30% das amostras era identificadas como Helicoverpa.
De acordo com o diretor executivo do (Ima), Alvaro Salles, das ocorrências com Helicoverpa mais de 90% são armigera, que recentemente foi descoberta nas lavouras do país tendo resistência aos agrotóxicos autorizados e usados pelos produtores do estado atualmente.
"O produtor mato-grossense tem coletado as lagartas em suas respectivas propriedades encaminhando as amostras para o Ima. A análise é gratuita". Conforme ele, com a identificação positiva para Helicoverpa armigera, o produtor precisa tomar algumas medidas para combater a praga.
"O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma das primeiras ações, consistindo no monitoramento das lavouras", acrecenta o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Nery Ribas, destacando que a praga não é exclusividade da cultura algodoeira.
"A Helicoverpa pode está presente em qualquer cultura e, mesmo com o vazio sanitário do algodão e da soja, consegue migrar para outras lavouras", afirma. Além do monitoramento constante nas lavouras, os produtores do estado podem solicitar a importação de agrotóxicos com o princípio ativo benzoato de emamectina.
Para isso, os produtores precisam se cadastrar junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) informando a área que será coberta com o produto, bem como a dosagem do produto por hectare. "O Indea irá monitorar toda a aplicação do produto, controlando ainda o que sobrar nas aplicações", pontua o coordenador de Defesa Vegetal do Indea, Ronaldo Medeiros.
Gelatopoen – Além da Helicoverpa armigera e zea, já detectadas em lavouras mato-grossenses, os produtores do estado estão atentos em uma nova espécia, a gelatopoen. Segundo o diretor executivo do (Ima), Alvaro Salles, a praga já foi detectada no Sul do país e na Argentina. "Assim como foi com a armigera, que surgiu na Bahia e se espalhou pelo Brasil, pode acontecer com outras pragas. Por isso, o monitoramente do produtor nas plantações precisa ser constante".
Fonte: G1