Economia

Carne teve alta de 296% desde 2005 em MT

 
Para o superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, a alta registrada não tem “nenhuma justificativa técnica”. Vacari aponta que a evolução do preço da carne teve alta relativamente similar para produtores e frigoríficos, subindo 78,56% e 85,27% respectivamente, mas questiona o motivo de o alimento chegar ao consumidor com uma alta de 165,5%.
 
“Estamos acompanhando as margens de operação do produtor, da indústria e do varejo. O que se percebe é que a arroba do boi e a margem dos frigoríficos tiveram valorização mais ou menos próximas, diferente do varejo, que registrou alta bem mais acentuada. Qual a justificativa?”, pergunta ele.
 
E essa alta já foi mais acentuada em 2013. Em março, a evolução do custo da carne no varejo foi de 197,65% em relação ao ano-base de 2005 (ver figura 1). Nem mesmo a subutilização da capacidade industrial instalada no Estado – que este ano registra média de apenas 46,5% do total – ou o aumento do abate das fêmeas, que até aqui atingiu 48,8% dos animais que vão para os frigoríficos, explica esse incremento, tendo em vista que essa é uma tendência verificada desde 2010.
 
O superintendente da associação dos criadores faz duras críticas ao varejo, afirmando que o segmento vem praticando uma política “irresponsável”. Para ele, as margens de operação do comércio que chegaram ao consumidor final, ao longo dos anos, estão muito acima do justo e os empresários do ramo estão obtendo vantagens nas “costas” dos produtores e dos frigoríficos de Mato Grosso.
 
“Apesar de o confinamento ser 12% menor este ano e das exportações baterem recordes, não há razão para o consumidor sair prejudicado, pois o varejo tem margem para praticar preços mais justos”, afirma ele.
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26