Era a primeira festa em que fui a caráter, de jaleco branco e protetor facial, todo chapiscado de vermelho-sangue. Era uma casa vitoriana decorada com temas de hospital. Minha mãe inclusive foi. Era uma maneira bem-humorada de a plebe e a classe artística responderem ao excesso da mídia no reportar massificante da morte da Princesa de Gales na TV. Se por aqui no Brasil deve ter sido um assunto repetitivo, imagine em Londres… claro que o humor inglês prevalecia. O que pretendo lembrar com isso é que as festas de Halloween também estão mudando. Existem vários temas.
Hoje criticar o visual alheio e se vestir como uma pessoa que foi a uma festa também é considerado uma fantasia de Halloween; você se veste identicamente à tal pessoa e diz: “Sou fulano na festa de cicrano”. Entende o veneno? Eu não acho muito criativo, mas Paris Hilton vestida de Miley Cyrus para a festa de Halloween da ‘Playboy’ deu o que falar nas mídias sociais.
O que uns chamam de influência norte-americana na nossa cultura eu chamo de motivo para bom humor, para autoironia, para fazer palhaçada, e disso eu gosto. Se é para pintar a cara da criançada, para sair com os amigos levando um pouco de alegria, de humor e criatividade, sinceramente até essa influência norte-americana, sim, está valendo.