As informações fazem parte do Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2010, divulgado nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os gastos com cultura, incluindo telefonia, foram menores em comparação às despesas com habitação (30,8%), alimentação (19,8%) e transporte (19,6%) – grupo em que as famílias mais gastam. Porém, superaram os gastos com assistência à saúde, vestuário, educação e despesas diversas.
Excluindo as despesas com telefonia, os gastos com cultura representaram 5% do total de despesas das famílias, R$ 106,32.
As famílias com maior renda (acima de R$ 6.225) gastaram com cultura 9,7% do orçamento total, R$ 707,33, incluindo a telefonia. Aquelas com menor rendimento (R$ 830) gastaram 6%.
Nas famílias em que um dos responsáveis tinha nível superior completo, a média de gasto com cultura chegou a 7% (R$ 563,38), cerca de seis vezes o valor gasto por famílias em que o principal responsável não tinha instrução ou fundamental incompleto, equivalente a 5,8% (R$ 96,78).
Nas famílias em que o principal responsável era homem, as despesas equivaleram a 6,5% (R$ 193,09) no período estudado, ante 7,1% (R$ 165,52) naquelas em que a mulher era a chefe da família.
Pessoas que vivem sozinhas gastaram em média 6% (R$ 125,89) do orçamento com produtos e serviços relacionados à cultura, enquanto casais com filhos desembolsaram 7% (R$ 209,68).
Segundo a pesquisa, o valor gasto com cultura pelas famílias chefiadas por responsáveis que se declararam negro ou pardo chegou a 6,6% do orçamento, equivalente a R$ 125,66 e R$ 130,11 respectivamente. Nas famílias chefiadas por um responsável que se declarou branco, o gasto equivale a 6,7% do orçamento delas (R$ 237,81).
Na terceira edição, o Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2010 foi feito em parceria com o Ministério da Cultura, com o objetivo de organizar e sistematizar informações para a construção de indicadores relacionados ao setor cultural brasileiro.
Agência Brasil