Segundo as empresas, a fusão irá criar uma operadora multinacional com operações envolvendo uma população de 260 milhões de pessoas e mais de 100 milhões de clientes.
O comunicado divulgado ao mercado nesta quarta-feira (2) destaca como um dos objetivos da operação a formação de uma única companhia multinacional do setor de telecomunicações, de grande porte, com sede no Brasil.
O acordo acontece pouco tempo depois de a Oi ter feito grande corte em sua política de dividendos, pressionada por uma dívida líquida de quase R$ 30 bilhões e necessidade de acelerar investimentos no país, destaca a agência Reuters.
Zeinal Bava, que foi CEO da Portugal Telecom de 2008 a 2013 e que assumiu o cargo de diretor-presidente da Oi em junho, será o CEO da CorpCo e suas subsidiárias.
A união deve criar sinergias operacionais e financeiras de cerca de R$ 5,5 bilhões. "A combinação dos grupos pretende alcançar significativas economias de escala, maximizar sinergias operacionais e criar valor para seus acionistas, clientes e empregados", diz o comunicado.
As companhias afirmaram que os atuais acionistas da TelPart (Telemar Participações) e um veículo de investimento administrado e gerido pelo BTG Pactual, participarão da operação de aumento de capital com subscrição de cerca de R$ 2 bilhões.
A CorpCo terá ações listadas no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa, na bolsa de Nova York e na NYSE Euronext Lisbon. A Oi será uma subsidiária integral da CorpCo, que vai incorporar a Portugal Telecom.
De acordo com as empresas, apesar da fusão, serão mantidas as marcas comerciais das operações da Oi e da Portugal Telecom nas suas respectivas regiões de atuação, "observado o controle e gestão única e comum pela CorpCo".
O memorando de entendimentos anunciado nesta quarta destaca que a futura fusão tem o objetivo de consolidar a aliança industrial entre a Oi e a Portugal Telecom, iniciada em 2010.
A empresa portuguesa adquiriu em 2010 uma participação de 22,4% do capital da Oi, num negócio estimado em R$ 8,4 bilhões.
O anúncio de hoje ocorre cerca de uma semana após o grupo espanhol Telefónica, que controla a Vivo no Brasil, comunicar que o aumento de sua participação na Telecom Italia, que no Brasil controla a TIM.
G1