A segunda reconstituição começou por volta de 20h30 de ontem (8), quando o carro da UPP deixou a localidade conhecida como Largo do Boiadeiro, na Rocinha, sendo conduzido por um policial militar, cuja identidade não foi revelada, e por um perito. Policiais militares e funcionários do Ministério Público (MP) também participaram dos trabalhos.
O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e responsável pelo caso, acompanhou toda a reconstituição. Ele informou que a polícia trabalha com duas linhas de investigação: que Amarildo teria sido morto por traficantes e que policiais militares estariam envolvidos no sumiço do ajudante de pedreiro. "Só mesmo após o laudo pericial vamos definir se houve contradições [no depoimento dos policiais] ou não", disse Barbosa.
De acordo com a Polícia Civil, o objetivo da ação foi refazer o trajeto da viatura que levou Amarildo até a sede da UPP naquela noite e depois circulou por cerca de duas horas em outras áreas da cidade, como a zona portuária e a zona sul. O caminho seguido pelo carro foi revelado pelo rádio que funcionava no veículo.
No dia em que o ajudante de pedreiro foi levado para a sede da UPP, as câmeras da unidade policial não estavam funcionando e o GPS da viatura, usada na condução, estava desligado.
No início deste mês, a primeira etapa da reconstituição, onde foi refeito na Rocinha todo o trajeto desde a primeira abordagem dos policiais da UPP ao ajudante de pedreiro, durou mais de 16 horas.
Na ocasião, cerca de 100 homens, entre agentes da Polícia Civil, policiais militares e funcionários do Ministério Público refizeram todo o trajeto da condução do ajudante de pedreiro, desde a primeira abordagem. A Polícia Civil divulgou que foi uma das maiores reconstituições já feitas pela instituição.
Agência Brasil