Miguel Penha, artista de origem indígena, coloca em óleo e tela a forte influência que a natureza tem em seu imaginário, representados pelo cerrado e Amazônia, nas obras O Pequizeiro e Frutas do Cerrado.
Descrevendo os poderes institucionais, Rodrigo Sávio encontra na utilização de triângulos e demais polígonos sua forma de se expressar, transformando as bandeiras do Brasil e de Mato Grosso numa composição de figuras geométricas.
Já os tons fortes e marcantes são usados por Capucine Picicaroli, que tem sua fonte de inspiração na dança, música e elementos culturais mexicanos para expor sua primeira série: México. Destaque para a obra Flores para Frida Kahlo, em homenagem a artista mexicana falecida na década de 1950.
Ao apresentar seu trabalho de fotografia contemporânea, o paranaense Ordi Calder faz um hábil jogo de luz e sombra, usando objetos comuns da vida urbana, como canos e medidores de energia. O fotógrafo já teve seu trabalho exposto em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Thais Lino usa toda sua originalidade e criatividade para elaborar sua arte com base no nanquim e na colagem, num estilo contemporâneo que expressa seus sentimentos e intuição. O mundo gira e eu giro com ele é a expressão da jovem artista que emprestou parte do seu talento a Casa do Parque.
A arte naif, retratando o cotidiano das pessoas, vê na artista plástica mineira Rimaro uma representante a altura. O Pequinique e a A Festa Junina apresentam os momentos de lazer, enquanto A queimada expressa uma “crítica social”, devido as incêndios que tomam conta das matas de Mato Grosso durante a estiagem.
Os parafusos e metais viram obras de arte nas mãos de Dwanski. Mesmo não podendo comparecer por problemas de saúde, Viola de Cocho, Boiadeiro e Cavalo com Peão, deram uma amostra da habilidade do escultor de Tangará da Serra.
A curadora da mostra, Fabíola Henri Mesquita, exaltou o trabalho e dedicação dos artistas, que deram a Cuiabá o privilégio de exposição da sua arte e talento. “Todos adoram o trabalho deles e me sinto orgulhosa de fazer parte disso. Parabéns as pessoas que ajudaram a construir esse evento”, disse.
Flávia Salem, idealizadora da Casa do Parque, comemorou mais um projeto cultural do estabelecimento. "Procuramos inovar a cada exposição, presenteando nossos visitantes com obras de diferentes estilos e personalidades", observou, lembrando que a entrada é gratuita e que os clientes ainda podem contar com um sofisticado cardápio no aconchegante bistrô da casa.
Embalados pelo Soul Full House do dj Tiago Faisão, a exposição deu um toque artístico a abafada noite cuiabana da quinta-feira. Destaque para as projeções de João Carlos Manteufel, vulgo João Gordo, que colocou nas paredes da Casa do Parque filmes que misturam religião e natureza, de maneira subliminar.
Para saber mais ou adquirir as obras visite o site da Rede Arte