“Pai…”, chama Félix, ao ver César fechado em si. O médico se volta e é duro com o filho. “Pai? Você ainda tem coragem de me chamar de pai?”, pergunta um enfurecido César, que ainda critica os trejeitos e apelidinhos inventados pelo filho. Félix não gosta e joga na cara do pai que ele também teve seus casos fora do casamento. Mas César não aceita a acusação. “Para um homem, um homem que é homem com H maiúsculo, acontece. Antes da sua mãe, eu tive todas as mulheres que eu quis. Não nego que depois do casamento tive minhas aventuras. Eu já fui apelidado de garanhão! Como quer que eu me sinta, Félix, ao saber que meu filho é tudo, menos um garanhão? Que o filho de César Khoury… É gay?”, dispara.
César lembra que plantou Edith no caminho de Félix na esperança de “convertê-lo”. E chega até a fazer uma pergunta indelicada. “Entre você e esse rapaz… Quem é o homem e quem é a mulher?”, questiona. “Pai… Eu estou constrangido com a pergunta…", responde Félix, antes de ser cortado por César, que prossegue com as acusações. “A culpa é sua, que não soube se controlar. Se sua mulher ficou revoltada, se arrumou um amante, é porque sentiu falta de um homem de verdade!”, opina.
O médico pergunta se o filho está disposto a mudar. Félix responde, entre lágrimas, que não é capaz. César dá um ultimato. “Mas vai ter que ser. Ou te ponho para fora do hospital!”, dispara. Félix gela. César traça seu plano, como se fosse simples. “Você vai reconquistar a Edith. Vai resgatar o seu casamento com ela”, avisa. Félix diz que se sentiu aliviado com a revelação. “Pai, eu senti que podia ser mais feliz, sem ter que carregar essa mentira… Da vida dupla… E que se eu fosse mais feliz, eu podia ser… Melhor”, diz.
“Melhor para mim é não ter um filho gay”, rebate César, que volta a ameaçar as ambições de Félix. “Já disse. Te boto para fora do hospital. Te boto na rua, sem salário! Faço tudo que for possível para você ficar fora do meu testamento”, setencia.
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