Plantão Policial

Jovem é morto por dois PMs no interior de MT

O vídeo, divulgado nesta sexta-feira (14) mostra a vítima e mais um amigo sendo surpreendidos por outros dois homens, que, seriam policiais militares. A vítima tentou escapar, mas acabou sendo atingida com um tiro na nuca. Segundo a família da vítima, os autores do assassinato são PMs e estavam à paisana. 
 
“Foi uma execução. Meu filho foi executado e não devia nada [a ninguém]”, relata o pai da vítima, Moacir Batista.
 
O comandante do Batalhão da PM de Matupá, major Antônio Gilvando de Souza, afirmou que os dois PMs envolvidos no assassinato de Welton Batista foram afastados das ruas. Ele declarou ainda que os militares foram presos pela Polícia Civil horas depois do crime, mas acabaram sendo liberados por decisão da Justiça e vão responder pelo assassinato em liberdade. As armas utilizadas por eles, segundo Souza, são particulares.
 
Outro crime envolvendo servidores da segurança pública do estado também chocou a cidade. Esme Reis Alves, de 37 anos, foi morto com cinco disparos de arma de fogo. Neste segundo caso, segundo a Polícia Civil, os suspeitos são policiais civis. A família afirmou que Esme sofria de depressão e teria provocado um tumulto em um bairro da cidade e gerou uma ocorrência atendida pela polícia.
 
“Ele se defendeu e correu beirando o muro. Aí lá ele caiu de bruços e eles [policiais] continuaram atirando em cima dele”, afirmou a mãe de Esme, Raimunda Farias Reis. Segundo a Polícia Civil, os dois investigadores suspeitos no assassinato do rapaz foram afastados das funções.
 
Em depoimento, eles apresentaram uma versão diferente do fato. “Eles deram a voz de comando para que ele se deitasse. Ele deitou e quando um dos policiais foi algemá-lo, ele reagiu. Pegou um pedaço de madeira. Eles [investigadores] tornaram a gritar com ele para se conter. Ele deixou o pedaço de madeira e foi para cima do policial. Eles entraram em luta corporal e o rapaz veio a óbito”, declarou a delegada regional Maria Antônia Soares.
 
Os dois policiais suspeitos de matar Esme Reis foram levados para Sinop, cidade a 503 quilômetros de Cuiabá, por medida de segurança. Ainda de acordo com a delegada Maria Soares, a preocupação é evitar o contato dos envolvidos com a família da vítima. Segundo a polícia, eles deverão ser novamente transferidos para outra cidade, que não foi divulgada.
 

Redação

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