Entre um ano e outro a receita obtida com as vendas para o mercado internacional saltou de US$ 623,9 milhões para US$ 970, 8 milhões. Além da melhor movimentação financeira, elevou-se também a participação sobre as vendas totais brasileiras e também a posição no ranking nacional neste período avaliado.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em janeiro do ano passado o estado ocupava a quinta posição no ranking brasileiro, com uma participação de 10,9% sobre tudo o que o Brasil exportava. Já em 2013 viu seu desempenho melhorar, com a participação chegando a 14,7% e se tornando vice-líder nacional, atrás somente de São Paulo. Esta unidade federada manteve-se absoluta na posição de número em janeiro dos dois anos.
Entre os produtos mais exportados o destaque principal ficou para o complexo de cereais, do qual o milho faz parte. Foram US$ 601,8 milhões, segundo o Mapa. O complexo de soja rendeu ao estado US$ 134,9 milhões, sendo US$ 123,9 milhões apenas com o farelo da soja e outros US$ 10,9 milhões com o óleo.
Secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Alan Zanatta diz que o estado soube aproveitar as brechas geradas por uma safra histórica de milho (acima de 15 milhões de toneladas) e também a quebra na produção norte-americana. A soja sempre predominou no quesito item mais exportado.
"Temos muito milho estocado e o preço está bom. Com a quebra da safra americana, surgiu oportunidade para quem estava mais bem preparado e o nosso produto conquistou o mercado internacional", falou Zanatta.
Ao se avaliarem as exportações totais de Mato Grosso para o mês de janeiro chega-se à cifra de US$ 1.016 bilhão, resultado 58,29% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), somente de milho o estado embarcou US$ 601.157 milhões, seguido da soja com US$ 121.287 milhões e o algodão com US$ 84.929 milhões. Destacaram-se como principais destinos a Coréia do Sul, Japão e Egito.
Balança Comercial
Em janeiro, a balança comercial mato-grossense também registrou números satisfatórios, com crescimento de 78,11% frente ao mesmo período do ano passado, com saldo de US$ 930.351 milhões.
Mas o desafio é verticalizar a produção. Isto é, não ser apenas um fornecedor de matéria-prima em estágio bruto. "O grande objetivo é fazer com que Mato Grosso incremente a cadeia produtiva através da industrialização. Hoje nós somos o maior produtor do Centro-Oeste de insumos e o desafio é industrializar esses produtos aqui no Estado agregando valor e principalmente, gerando emprego e renda nos municípios", considerou ainda Alan Zanatta, secretário da Sicme.
FONTE: PrimeiraHora | G1 MT