O funcionário público Raphael Dias, de 25 anos, filmou o fenômeno de sua casa, em Realengo, por volta das 17h30: “Avião deixa rastro de fumaça. Mas isso que eu filmei o rastro ia apagando. No final, desapareceu”.
O leitor Carlos Sidney Ferreira Dutrain, que mora em Nova Iguaçu, na região metropolitana do RJ, também filmou o fenômeno por volta das 17h do domingo (18). "Estávamos eu, minha esposa e minha filha no quintal de casa quando minha mulher avistou a situação", relata.
O leitor Andrei Martins Soncin Santos, de 18 anos, fotografou “uma luz incandescente” que “apareceu no céu” em São João de Meriti por volta das 18h30. “Era visível a olho nu”, lembra ele. O internauta afirma que ficou surpreso, e começou a filmar “para saber se, com o zoom da câmera, dava para ver o que era”. No entanto, ele não conseguiu identificar o objeto.
O Instituto Nacional de Pesquisas Nacionais não quis levantar hipóteses sobre qual seria o objeto visto. Mas, segundo a assessoria de imprensa do órgão, "uma das pesquisadoras chegou a considerar que, pela foto, até parece um meteoro, porém ela mesma ressaltou que no vídeo a passagem parece ser muito lenta. Os meteoros costumam ser muito mais rápidos do que aparece no vídeo. O próprio exemplo do meteoro da Rússia mostra isso".
O astrônomo Fernando Roig, pesquisador do Observatório Nacional, acredita na possibilidade de um avião e descarta a ideia de o objeto ser um meteoro. "Se durou de 5 a 10 minutos como relatado, não foi um meteoro. Pela hora do dia, com o sol já baixo, a coloração avermelhada do traço é devida ao reflexo do sol. Então, a explicação mais plausível é que foi um avião. O fato de ver ele 'caindo' é apenas um efeito visual, devido a que a trajetória do avião segue a curvatura da Terra e, portanto, em algum momento ele deve sumir abaixo do horizonte."
Ele complementa dizendo que "quando o avião voa à uma altura em que em que o ar é muito seco e frio, o ar quente e úmido que sai da turbina se condensa rapidamente e forma o rastro de nuvens ou de 'fumaça' que é observado. É o mesmo efeito que faz com que quando você está num lugar muito frio, você consiga ver o vapor da sua respiração. As nuvens de vapor se dissipam logo em seguida, e o efeito passa rapidamente".
A professora Jéssica Alves de Medeiros percebeu que havia algo diferente no céu e achou que fosse uma estrela cadente. No entanto, o namorado da leitora, Vinícius Abreu Areas, alegou que a velocidade estava muito lenta para ser uma estrela cadente. Foi quando o casal decidiu começar a fotografar. “Demorou uns dez minutos”, diz Jéssica, que mora em Campo Grande. “Eu achei legal. Queria saber o que era.”
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FONTE: PrimeiraHora | G1