Outra reivindicação é que a a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reforce os estoques de milho para atender a cadeia da carne, que consome por ano cerca de 4 milhões de toneladas. “A Conab não tem estoque de passagem, chegando a apenas 100 mil toneladas que já estão designadas para os estados do Nordeste e Sul do país”, pontua o diretor da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues.
As medidas reivindicadas para a suinocultura mato-grossense visam cobrir os estragos deixados pela crise que ocorreu no ano passado, quando os custos de produção ficaram maiores que o preço pago pelo quilo do suíno vivo. A situação fez com que produtores buscassem empréstimos bancários ou rendimento de outras culturas, como a soja, para continuar na atividade.
É o caso do suinocultor Alcindo Uggeri, dono de oito galpões com cerca de 4,5 mil suínos, em Nova Mutum, município localizado a 269 quilômetros de Cuiabá. Ele conta está aliviado porque o preço pago pela carne está acima do que gasta para produzir. “Teve época em que vendemos nossos animais entre R$ 1,75 e R$ 1,80 o quilo, quando tínhamos o custo da ração a R$ 2,10 ou R$ 2,20″, conta.
Ele é um dos 14 criadores que há 23 anos se organizaram para montar uma cooperativa de suínos em Nova Mutum. Diante de uma crise como a do ano passado, fica difícil para os cooperados desistirem da atividade por causa dos altos investimentos feitos ao longo do tempo. Mas o presidente da cooperativa acredita que a fase já é de recuperação. ” A expectativa é que o preço do suíno aumente e o custo de produção fique estável”, presidente da Copermutum, Valdomir Ottonelli.
Fonte: CanaranaNews