O ex-PM Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, suspeito de matar a advogada Cristiane Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi transferido, nesta terça-feira (15), para um presídio militar em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) informou, em nota, que Almir foi encaminhado à penitenciária destinada a ex-policiais.
A advogada foi encontrada morta dentro do próprio carro no Parque das Águas, no domingo (13). Ela apresentava sinais de espancamento e asfixia. A vítima foi localizada pelo próprio irmão através de um aplicativo de rastreamento.
Na segunda-feira (14), a juíza da 6° Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro, determinou a mudança de prisão em flagrante para preventiva.
Mandado internação
O ex-PM teve um pedido de prisão em junho deste ano, mas estava solto por falta de vaga no sistema penitenciário.
Ele seria encaminhado para a unidade Adauto Botelho — conhecido como Centro Integrado de Assistência Psicossocial Hospital.
A Secretaria de Estadual de Saúde (SES-MT) informou, em nota, que todas as alas da unidade estão lotadas. A unidade disponibiliza 10 vagas masculinas especificamente para pessoas com transtorno mental em conflito com a lei, mas todas elas também estão ocupadas no momento.
A Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária disse que não houve recolhimento em unidade prisional por se tratar de mandado judicial de internação em unidade de saúde e não em unidade penitenciária, já que é caso de tratamento e não de reclusão.
A pasta ressaltou que não existe déficit de vagas para cumprimento de mandados de prisão. Todas as decisões judiciais de reclusão são cumpridas nas unidades do sistema prisional.
Entenda o caso
Os policiais chegaram ao ex-PM quando foram até o último local onde a vítima esteve antes de ser morta, em uma casa no Bairro Santa Amália, em Cuiabá.
Através de câmeras de segurança os policiais conseguiram ver o carro da vítima saindo da residência, com o ex-PM dirigindo o veículo.
Dentro da casa, a polícia encontrou o suspeito, que confessou ter dormido com a vítima, mas apresentou contradições ao falar sobre o envolvimento no crime. No local, os policiais encontraram vários indícios da autoria do suspeito no feminicídio.
A Polícia Civil investiga o caso.