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Mais de 30 crianças perderam as mães vítimas de feminicídio neste ano em MT

Os crimes de feminicídio registrados em Mato Grosso neste ano deixaram 36 crianças sem mães em Mato Grosso. De acordo com dados da Polícia Civil, das 18 mulheres que morreram, pela condição de ser mulher ou em decorrência de violência doméstica, 15 delas tinham filhos com os agressores.

A polícia informou ainda que quatro crianças ficaram órfãos de mãe e pai. Seis mulheres foram mortas na frente dos filhos.

Uma das vítimas foi Emilly Bispo da Cruz, de 20 anos, morta com golpes de faca no dia 16 de março, no Bairro Pedra 90, em Cuiabá. Ela estava a caminho da escola do filho quando foi abordada pelo ex-namorado, que a esfaqueou na frente da criança, de 4 anos, e depois fugiu em uma motocicleta.

Antônio Aluízio da Conceição Mariano foi preso pela Polícia Civil horas após o assassinato. Ele teve um relacionamento com a vítima e não aceitava o término.

Em Sinop, Maria Helena Pereira dos Santos Resende, de 47 anos, estava em uma festa quando o ex-namorado chegou ao local nervoso e, de forma insistente, exigiu que a vítima ficasse com ele. A vítima disse que não tinha mais nada com ele. O suspeito permaneceu no local e, após consumir bebida alcoólica, tentou se aproximar da vítima novamente.

Segundo a polícia, com uma faca, ele atacou Maria Helena, atingindo a vítima no abdômen. Maria Helena foi socorrida ainda com vida ao Hospital Regional de Sinop, mas morreu uma semana depois. O autor do feminicídio foi preso no final de maio pela Polícia Civil.

Marinalva Aparecida dos Santos Pires, de 48 anos, teve 80% do corpo queimado pelo ex-marido dela e morreu no dia 8 de maio, após ficar 10 dias internada em estado grave em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O ex-marido ateou fogo na mulher por não aceitar o fim do relacionamento.

Segundo a polícia, um dia antes do crime, Marinalva procurou a delegacia para solicitar medida protetiva e relatou que ainda morava na residência com o suspeito, mas ela já havia pedido que ele saísse da casa.

Formas de pedir ajuda

No primeiro semestre de 2023, a Polícia Civil atendeu 8.063 mil medidas protetivas. Há o atendimento e acolhimento a mulheres nas unidades especializadas instaladas em oito cidades-pólo do estado e núcleos em delegacias do interior. Um botão do pânico também pode ser acionado com o aplicativo SOS Mulher.

O sistema reúne a solicitação de medidas protetivas online, botão do pânico virtual para auxiliar e apoiar vítimas de violência doméstica. O aplicativo permite acesso a outras funcionalidades, como telefones de emergência, denúncias e a Delegacia Virtual.

Entre janeiro e junho deste ano, o botão do pânico foi acionado 256 vezes por vítimas nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande e Cáceres.

Pelo site, a vítima também pode solicitar a medida protetiva de urgência online, sem a necessidade de se deslocar até uma delegacia.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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