Mato Grosso tem a terceira menor taxa de desocupação do país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice é de 4,5% e o estado fica atrás somente de Rondônia e Santa Catarina. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quinta-feira (18).
Apesar do estado apresentar um índice baixo, o levantamento mostra que Mato Grosso teve um aumento na taxa de ocupação se comparado com o último trimestre do ano passado. De acordo com a pesquisa, houve um crescimento de 3,5%, no 4º trimestre de 2022, para 4,5% neste 1° trimestre de 2023.
Já no primeiro trimestre de 2022, a taxa mato-grossense havia sido de 5,3%.
Segundo o IBGE, o estado com a menor taxa de desocupação é Rondônia, com 3,2%; depois Santa Catarina, com 3,8% e Mato Grosso (4,5%) Já os estados de Bahia, Pernambuco e Amapá tiveram as maiores taxas, com 14,4%, 14,1% e 12,2%, respectivamente.
No Brasil, a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2023 foi de 8,8%. Com isso, Mato Grosso está abaixo do índice nacional.
Perfil
No estado, a população desocupada foi estimada em 83 mil pessoas de janeiro a março de 2023, um aumento de 19 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, ou seja, uma variação de 29%.
Na comparação com janeiro a março de 2022, não houve variação estatisticamente significativa. O total de ocupados se manteve estável no estado nas duas comparações, com 1,7 milhão no primeiro trimestre de 2023.
A pesquisa estimou em 2,7 milhões a população em idade de trabalhar em Mato Grosso e em 699 mil pessoas empregadas no setor privado com carteira de trabalho assinada. O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 186 mil pessoas.
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos em Mato Grosso caiu de R$ 3.189, no quarto trimestre de 2022, para R$ 3.095, no primeiro trimestre de 2023. No primeiro trimestre de 2022, porém, o valor era de R$ 2.795.
Por grupamentos de atividade do trabalho principal, o setor de transporte, armazenagem e correio foi o único que aumentou, em 33,3%, o número de ocupados em Mato Grosso no primeiro trimestre de 2023 na comparação com o primeiro trimestre de 2022. Foram de 82 mil pessoas para 109 mil. Os outros setores tiveram estabilidade.
O contingente de desocupados ou subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (as pessoas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais horas e que estariam disponíveis) caiu de 146 mil pessoas, de janeiro a março de 2022, para 113 mil, no mesmo período deste ano, uma redução de 33 mil pessoas ou 22,5%.
A taxa de informalidade da população de 14 anos ou mais de idade foi de 35,7% em Mato Grosso, enquanto que a do Brasil foi de 39%.