O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) proibiu que a vacina contra a aftosa seja estocada, vendida e usada em Mato Grosso. A determinação consta em portaria publicada nesta semana e atinge, além de Mato Grosso, o Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
De acordo com o ministério, os seis estados e o Distrito Federal estão incluídos no Bloco IV, do Plano Estratégico 2017-2026, do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), que prevê que a área seja livre da febre aftosa sem vacinação nos próximos anos.
As sete unidades Federativas, que não precisarão mais vacinar seu rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa, somam aproximadamente 113 milhões de animais, representando cerca de 48% do rebanho total do país.
Ainda segundo o Mapa, neste momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV e as demais unidades federativas que ainda praticam a vacinação contra a febre aftosa no país. Isso porque o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação não será apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) neste ano de 2023, dando tempo para que outros Estados do Bloco IV executem as ações necessárias para a suspensão da vacinação e o pleito seja apresentado posteriormente, de forma conjunta.
O processo de reconhecimento de zonas livres de febre aftosa sem vacinação também beneficiará outras importantes cadeias produtivas, como a de suínos, onde o Brasil possui destaque no cenário mundial, sendo o 4º maior produtor e exportador.