O Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan), em parceria com diferentes instituições, entre elas a Secretaria de Estado de
Cultura, Esporte e Lazer (Secel), lançou o Plano de Salvaguarda do Modo de Fazer Viola de Cocho, que tem como objetivo preservar
a cultura do instrumento. No último sábado (18), o plano de manejo das espécies utilizadas na confecção de violas de cocho foi
lançado no Museu de História Natural de Mato Grosso, com a programação do plantio de árvores que são usadas na produção do
instrumento, a apresentação de cururueiros e uma simbólica demonstração sobre as etapas de confecção da viola de cocho.
As mudas serão plantadas na mata ciliar do Museu de História Natural, cuja área alcança as margens do rio Cuiabá. Entre as espécies
há Ximbuva, Cumbaru e Pata-de-vaca, e o manejo está sendo feito pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), uma das instituições
parceiras do projeto.
“Durante encontros com mestres e artesãos que fabricam a viola de cocho, uma das questões centrais para a preservação do saber
fazer da viola é o acesso à matéria-prima. Por isso, o plano de manejo das mudas prevê o plantio dessas árvores, que poderão ser
utilizadas para produção do instrumento daqui a 10 ou 15 anos”, destaca a coordenadora de Preservação do Patrimônio Histórico e
Museológico da Secel, Maria Bárbara Guimarães.
Além do projeto de manejo, o Plano de Salvaguarda do Modo de Fazer Viola de Cocho integra diferentes frentes de atuação,
distribuídos em eixos de ações socioculturais e socioambientais, descritos para promover a preservação e valorização desse bem
imaterial. O plano está em finalização e deverá ser lançado ainda este semestre.
O Iphan registrou o "Modo de Fazer Viola de Cocho" como Patrimônio Imaterial Brasileiro no Livro dos Saberes em 2005. (com
informações da assessoria)