Economia

‘Lula conhece minhas opiniões econômicas há muito tempo’, diz Haddad

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse há pouco em entrevista à Globo News que a recriação dos ministérios do Planejamento e de Desenvolvimento pode levar a divergências entre os ministros das três pastas, mas que "não vê isso no horizonte".

 

"É muito normal em um governo aparecerem pontos de vista diferentes; quando ministros têm ponto de vista diferentes, presidente arbitra. Como Bolsonaro não era dado a governar, Paulo Guedes ministro da Economia do governo Bolsonaro tocava o governo como imaginava", disse Haddad. "O presidente Lula conhece minhas opiniões econômicas há muito tempo, sabe como penso. Quando eu era ministro da Educação, era chamado para opinar sobre a economia", continuou.

 

Transparência nas estatais

 

Haddad também disse que a governança de empresas estatais "ganhou robustez após o que ocorreu com diretores de carreira da Petrobras". "Os diretores de carreira da Petrobras punidos se enquadrariam em Lei das Estatais. É preciso (nas estatais) controladoria forte, compliance forte", afirmou. Na avaliação do ex-prefeito de São Paulo, hoje há "robustez na transparência" das empresas do Estado que não havia no passado.

 

O petista considerou que a Controladoria Geral da União (CGU) perdeu importância no atual governo, o que levou a corrupção a se "instalar" em ministérios como Educação e Saúde. "Se você tiver órgão de controle com autonomia, vai atuar para coibir desvio ético nas estatais ou ministérios. "Não acredito em combate eficaz à corrupção sem fortalecimento da CGU, que passou por desmantelamento", disse. De acordo com o futuro ministro, o nome cogitado para assumir a CGU é "alguém que sei que vai fazer muito bem para governo".

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26