Assassino da menor Maiana Mariano, Carlos Alexandre da Silva tenta reverter a condenação que o penalizou a 16 anos de prisão. Ele foi submetido a júri popular em 23 de junho e protocolou recurso contra a sentença.
A apelação da defesa foi recebida pela juíza Mônica Catarina Perri, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, como consta em publicação do Diário de Justiça de sexta-feira (22).
“Recebo o recurso de apelação interposto pela Defesa, bem como, pelo representante do Ministério Público em seus legais e jurídicos efeitos. Nos termos do artigo 600 do CPP, abra-se vista simultaneamente para as partes”, diz o andamento processual.
Carlos já foi julgado duas vezes. Na primeira, ele foi sentenciado apenas por ajudar a esconder o corpo da menor, mas não pelo homicídio. O Ministério Público Estadual (MPE) recorreu da decisão e ele foi julgado novamente em junho. Neste júri, ele foi condenado.
O homem admitiu participação no crime, mas negou ter matado a menina, que era namorada do de Rogério Amorim, para quem Carlos prestava serviços de pedreiro.
Ele, junto com Paulo Ferreira Martins, teria asfixiado a vítima, Maiana, com emprego de um pano, causando a morte da menina, conforme atesta o laudo de Exame de Necropsia anexado aos autos do processo.
O caso
Maiana Mariano foi morta por asfixia no dia 21 de dezembro de 2011. Porém, os restos mortais dela só foram encontrados no dia 25 de maio de 2012, enterrados em uma chácara na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá.
Segundo o processo, o crime foi cometido por Paulo e Carlos Alexandre, que teriam sido contratados por R$ 5 mil.
Rogério e a esposa Calisangela Moraes de Amorim seriam os mandantes, motivados por um relacionamento extraconjugal entre ele e a adolescente.
No dia do crime, a vítima teria ido até o banco descontar um cheque de R$ 500 a mando do empresário e foi instruída a levar o dinheiro ao chacareiro que estaria esperando ela no local onde foi morta.
Na época, ela pilotava uma motocicleta, presente que ganhou de Rogério.
Rogério Silva Amorim, mandante do crime, foi condenado a 20 anos de prisão, e Paulo Ferreira Martins, executor, a 18 anos.