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Operação prende envolvidos em homicídios de advogado no interior e comerciante em VG

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta sexta-feira (11.03) a Operação Fassil para cumprimento de mandados contra alvos investigados por homicídios ocorridos em São José dos Quatro Marcos e Várzea Grande. As investigações conduzidas pelas Delegacias de São José dos Quatro Marcos e DHPP de Cuiabá identificaram diversas semelhanças entre os dois assassinatos, como os mesmos executores, as armas utilizadas e modus operandi, e apontam para possíveis crimes de mando.

A operação é coordenada pela Delegacia de São José dos Quatro Marcos, com a participação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, e cumpre 14 mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Araputanga e Tangará da Serra. A operação conta com apoio das Delegacias Regionais de Cáceres e de Tangará da Serra.

De acordo com o delegado Edison Pick, a investigação teve início com o homicídio do advogado e empresário Francisco de Assis da Silva, proprietário do Grupo Fassil, em São José dos Quatro Marcos. A vítima foi morta com disparos de arma de fogo no dia 11 de outubro do ano passado, na frente de seu escritório, por dois atiradores.

No decorrer da apuração do crime contra o advogado e com a coleta de diversos elementos informativos, a Polícia Civil chegou à identificação dos executores, que também foram apontados como responsáveis pelo homicídio de um comerciante, em Várzea Grande. Este segundo crime ocorreu no dia 08 de agosto de 2021, no bairro Mapim, e vitimou Fredson Lima de Figueiredo, de 39 anos, e é investigado em inquérito instaurado pelo delegado Mário Santiago Jr, da DHPP. 

Foram decretadas as prisões dos executores, intermediários e mandante do homicídio contra Francisco de Assis, bem como a busca e apreensão domiciliar nos endereços dos alvos.

Em relação ao homicídio do comerciante de Várzea Grande, foram representadas as prisões e buscas contra os executores.

Investigações

A equipe da Polícia Civil em São José dos Quatro Marcos analisou imagens das câmeras da empresa do advogado e apurou as características físicas dos atiradores, assim como a ação da dupla e o movimento da vítima antes de morrer.

Logo após estacionar seu veículo em uma rua lateral, a vítima caminhou até a frente da empresa, porém, voltou até o veículo e pegou algo no banco do carona. Ao se afastar novamente do carro, algo lhe chamou a atenção do outro lado da rua em frente. Neste momento, o primeiro atirador chegou correndo e fez os disparos contra a vítima, em curta distância, que caiu no chão, e o criminoso continuou atirando. Depois, o segundo atirador fez um único disparo contra Francisco, com uma arma longa. Após o crime, a dupla correu para o outro lado da rua e saiu em alta velocidade em veículo  modelo hatch, prata.

A análise das imagens indica que a vítima não esboçou qualquer atitude que indicasse tentativa de fuga e que não tinha inimizade com qualquer um dos atiradores, evidenciando, na avaliação do delegado, que os atiradores eram pistoleiros e foram contratados para praticar o crime. Entrevistas com testemunhas, amigos e familiares, inicialmente, não apontaram qualquer motivação para a morte da vítima, assim como não apontaram qualquer desentendimento sério da vítima com qualquer pessoa.

Homicídio em VG

O delegado Mário Santiago, da DHPP de Cuiabá, explica que no decorrer das investigações, a troca de informações sobre outros homicídios ocorridos na região metropolitana de Cuiabá apontou que o crime contra Fredson Lima teria sido praticado por duas pessoas com características semelhantes às mesmas que assassinaram o advogado no interior do estado. As armas usadas e o veículo da fuga também guardavam semelhança.

O comerciante de Várzea Grande atuava com a compra e venda de veículos e foi morto quando chegava a sua residência, na tarde do domingo do dia dos pais, no ano passado.

A equipe de São José dos Quatro Marcos também identificou que os atiradores seguiram a vítima Francisco de Assis por várias ruas da cidade até o local onde a executaram. Os criminosos utilizaram o mesmo veículo também identificado nas investigações do crime cometido em Várzea Grande.

Diante das evidências encontradas nos dois crimes, inclusive no modo dos disparos e das armas utilizadas, as equipes de investigação das duas delegacias reuniram esforços nas investigações e conseguiram chegar à identificação dos atiradores e do veículo, um modelo Renault Sandero, prata.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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