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Polícia conclui inquérito e indicia homem que matou suspeito de abusar menino em MT

A Polícia Civil de Arenápolis (258 km a médio norte de Cuiabá) concluiu o inquérito que apurou o homicídio de João Batista Fernandes Vicente, 57 anos, com indiciamento do autor do crime por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. O inquérito foi relatado pelo delegado Cesar Henrique Ferreira, em 6 de janeiro, e encaminhada ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual para prosseguimento da ação criminal contra o indiciado.

Homicídio

O crime ocorreu na tarde do dia 28 de novembro de 2021, no bairro Jardim Canaã, em Arenápolis, quando a vítima João Batista foi atingida por disparos de arma de fogo na região da cabeça e do tórax.

Na ocasião, moradores que residem nas proximidades, informaram somente terem ouvido de quatro a cinco disparos e o barulho de uma motocicleta saindo do local.

Apuração

No decorrer das diligências para esclarecer o crime, o autor do homicídio se apresentou na Delegacia de Arenápolis, acompanhado do seu advogado. Durante interrogatório, ele alegou que seu sobrinho havia sofrido abusos sexuais por parte da vítima e sua irmã estava sendo ameaçada por João Batista, caso acionasse a polícia.

O suspeito contou que no dia do crime, a vítima passou próximo à casa onde ele e outros familiares se encontravam. Diante desse comportamente, o indiciado, que possuía uma revólver calibre 38 dentro do seu automóvel, resolveu segui-lo de carro.No percurso, o investigado recebeu uma ligação de João Batista dizendo que queria resolver a situação e era para ambos se encontrarem. Ao chegar próximo ao endereço combinado, a vítima estava parada próxima a um veículo e ao ver o indiciado, sacou uma arma de cano longo.

Porém, o investigado, ainda dentro do carro, pegou sua arma e efetuou os disparos contra a vítima. Ao ser questionado sobre a arma utilizada no crime, este relatou que a teria jogado em um rio, a caminho de Nova Mutum.

Outras pessoas foram ouvidas no andamento das investigações, além de diversas diligências realizadas pelos policiais civis para esclarecimento das circunstâncias em que o crime ocorreu e a motivação.

Uma das pessoas ouvidas foi a irmã do suspeito, mãe da vítima dos abusos sexuais cometidos por João Batista, que foi companheiro da avó das crianças. A mãe percebeu um comportamento estranho dos filhos, que relataram ter sido abusados pelo companheiro da avó. Na época, a avó das crianças pediu para não denunciar o companheiro, pois ele era perigoso e poderia matá-los. A partir de então, a mãe das crianças começou a ser perseguida por João Batista e a receber ameaças de morte, caso contasse para alguém.

Ela inclusive teve que mudar de cidade e trocar o número de telefone. No dia anterior ao crime, a mulher voltou para Arenápolis e em 28 de novembro, João Batista passou em frente a residência dela e fazendo gestos ameaçadores. Ela ficou assustada e pediu ajuda a seu irmão.

De acordo com o delegado Cesar Henrique Ferreira, no celular da vítima apreendido no local do homicídio constam conversas realizada por João Batista momentos antes do homicídio.

“O exame de necropsia da vítima apontou que os disparos foram efetuados à distância, por atirador que estava à esquerda do periciando, visto que todos os projéteis que atingiram a vítima, apresentaram sentido da esquerda para a direita com trajetória perpendicular ao maior eixo do corpo da vítima, gerando as lesões letais encontradas”, destacou Cesar Henrique Ferreira.

Conclusão

As evidências coletadas na investigação apontaram a autoria do crime de homicídio, qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, uma vez que o autor possuía e portava o revólver de forma ilícita.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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