A juíza titular da 1ª Vara de Recuperação Judicial e Falências de Cuiabá, Anglisey Solivan de Oliveira, deferiu nesta 5ª feira a recuperação judicial da centenária empresa Camisaria Colombo, do grupo homônimo.
Com passivo estimado de R$ 1,2 bilhão, a empresa busca se reestruturar com a medida judicial que permitirá a manutenção de aproximadamente 1.500 empregos diretos e indiretos, quando somada toda a cadeia comercial, produtiva, industrial e logística.
A Colombo possui hoje 118 lojas franqueadas, no novo modelo de negócio que a empresa implanta em conjunto com o e-commerce buscando alternativas para a saturação do varejo tradicional, que vem tombando economicamente grandes marcas brasileiras. O Grupo Colombo foi um dos pioneiros no mercado on line, quando em 2007 lançou sua plataforma de vendas digital.
O faturamento da empresa em 2020 foi de R$ 60 milhões, aproximadamente, mesmo com a pandemia que fechou por 150 dias suas unidades. A previsão para o ano de 2021 é de alcançar até R$ 80 milhões. A projeção da empresa de faturamento anal, no plano de reestruturação, que começa a partir do deferimento da recuperação judicial é de até R$ 250 milhões para os próximos anos.
“Com grande expectativa aguardávamos o deferimento da recuperação judicial, pois isso nos dá a tranquilidade de atingir a recuperação total da companhia. Assim, lutaremos para continuar e perpetuar essa empresa centenária, que sobreviveu às crises econômicas do país desde 1917, quando abriu as portas, continuando a gerar emprego e renda.”, declarou o presidente do Grupo Colombo, Álvaro Jabour Malouf Júnior ao Circuito Mato Grosso.
Outras gigantes do varejo de vestuário também pediram recentemente recuperação judicial, como o Grupo Valdac, dono das marcas Crawford e Siberian, com passivo de aproximadamente R$ 500 milhões e a TNG, com passivo estimado em R$ 300 milhões.