Os motoristas de aplicativo de Mato Grosso sentiram o impacto do reajuste da gasolina neste ano. Com aumentos frequentes, a gasolina se tornou inviável aos motoristas diante do preço do álcool.
Este é o primeiro reajuste aplicado sobre a gasolina este ano e corresponde a 7,6% para as revendedoras. O reflexo disso para o consumidor final varia de acordo com cada posto de combustível.
“A gente vem recebendo aumento de combustível, aumento de insumos, aumento de derivados de petróleo, aumento de tudo. As plataformas não repassam esse aumento pra gente desde 2016”, disse o motorista de aplicativo Kléber Campos.
Em alguns postos de Cuiabá, já é possível encontrar o valor do litro da gasolina sendo comercializado perto dos R$ 5.
O diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Junior, explicou o que fez essa gasolina ter um aumento.
“O preço do petróleo tem subido, o dólar está alto, nossa moeda está desvalorizada e a Petróleo vai fazendo essas correções ao longo do tempo”
Para os motoristas o jeito é pesquisar para não pesar tanto no bolso.
“Temos que procurar postos com combustível mais barato, ficar tentando diminuir o consumo do carro, andar com menos velocidade, procurar novos caminhos. Tem que tentar fazer isso para ter um lucro no final do mês”, ressaltou o motorista Kléber.
A Petrobras reiterou que seus preços têm como referência a chamada paridade de importação, impactada por fatores como os valores do petróleo e o câmbio.
O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.