Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2020. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 5, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 2,05% para 2,12%. Há um mês, estava em 1,78%. A projeção para o índice em 2021 foi de 3,01% para 3,00%. Quatro semanas atrás, estava em 3,00%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3 25%, nesta ordem.
A projeção dos economistas para a inflação já está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 2,12% para 2,23%. Para 2021, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,20%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 1,64% e 3,00%, respectivamente.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em 3,48%, igual a um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3 50%, ante 3,25% de quatro semanas antes.
Selic
Os economistas mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus também mostrou que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.
Já a projeção para a Selic no fim de 2021 seguiu em 2,50% ao ano ante 2,88% de quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, igual a um mês antes. Para 2023, permaneceu em 5,50%, ante 5,75% de quatro semanas atrás.
Em setembro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado”, mas “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.
PIB
Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 5,04% para queda de 5,02%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,31%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.