Economia

Bovespa fecha em forte alta, mas tem a pior semana

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em forte alta nessa sexta-feira (13), recuperando parte da perda histórica registrada na quinta. No acumulado da semana, no entanto, a bolsa registrou pior desempenho semanal desde outubro 2008, quando a economia global enfrentava a crise financeira. 

Nesta sexta, o dia foi marcado pela recuperação das principais bolsas, sinalizando uma trégua numa semana dominada pelo clima de pânico nos mercados com a pandemia de coronavírus. 

O Ibovespa subiu 13,91%, a 82.677 pontos. Na máxima, chegou a superar os 15%, batendo 83.758 pontos. 

Nesta semana, a bolsa despencou 15,68% e registrou a pior variação para o período desde a semana encerrada em 10 outubro de 2008, quando o Ibovespa acumulou queda de 20,01%. 

Em 2020, a bolsa já acumula perda de 28,51%. 

Já o dólar foi negociado em alta nessa sexta, a R$ 4,81. 

No dia anterior, o Ibovespa tombou 14,78%, a 72.582 pontos, no patamar mais baixo desde 28 de junho de 2018 (71.766 pontos), após duas interrupções das negociações ao longo da sessão. Foi a maior queda diária desde 10 de setembro de 1998, quando a bolsa despencou 15,82%, e o mundo lidava com os efeitos da crise da Rússia. Foi a 4ª vez na história da B3 que os negócios foram paralisados duas vezes na mesma sessão. 

Cenário externo e doméstico 

Nesta sexta-feira, vários BC anunciaram pacotes de estímulos e medidas para tentar com atenuar os efeitos da pandemia nas respectivas economias, bem como nos seus mercados, entre eles o Banco do Japão e o Banco do Povo da China. 

"Investidores continuarão avaliando o novo nível de preços – agora muito mais atrativos – contra os riscos latentes da conjuntura atual", destacou a equipe da Guide Investimentos, acrescentando, porém, que ainda espera extrema volatilidade em razão da manutenção da incerteza sobre os impactos do Covid-19 e da guerra de preços do petróleo. 

Na quinta-feira, o Federal Reserve de Nova York anunciou que irá injetar US$ 1,5 trilhão no sistema financeiro. 

Na cena doméstica, a expectativa é em torno da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decide na próxima quarta-feira (18) a nova taxa básica de juros, hoje em 4,25%. Cresce no mercado a aposta de um novo corte na Selic em meio às reduções nas projeções para a alta do PIB em 2020. 

No âmbito político, o mercado monitora de perto as relações entre Executivo e Legislativo, assim como uma medida provisória que deve ser assinada hoje pelo presidente e prevê R$ 5 bilhões para a área saúde, a medida que os casos de coronavírus pelo Brasil aumentam. As medidas devem complementar o pacote anunciado ontem pela área econômica para estimular o consumo e minorar os efeitos da doença. 

No Brasil, as atenções também estavam voltadas para o resultado do exame de coronavírus feito pelo presidente Jair Bolsonaro, após um após um integrante de sua comitiva presidencial em viagem aos Estados Unidos ter resultado positivo em teste para o novo vírus. 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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