A Receita Federal trava o início da operação de voos internacionais pelo aeroporto Marechal Rondon. O órgão pede a liberação de um espaço maior que o aprovado no pedido de autorização de voos entre países.
O superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Laelson Augusto do Nascimento, em visita ao terminal nesta terça-feira (11), diz que as instalações alfandegárias já estão prontas, mas não foram entregues por causa da nova exigência da Receita. A área construída hoje e aprovada pela instituição é de apenas 51 m² e a Receita exige um espaço de 180 m².
“Hoje, a Infraero não tem o poder de fazer nenhuma ampliação porque está na fase de transição com a concessionária que ganhou a licitação e vai administrar o aeroporto. A previsão de transição é para o final de dezembro, finalizando todo o processo no início de janeiro de 2020”.
No formato atual, o aeroporto tem condições de atender 200 passageiros por hora. O início da internacionalização se dará com dois voos semanais da empresa Azul de Cuiabá a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Os membros da comitiva concordaram que não há necessidade de ampliação neste momento.
O superintendente disse que já existe parecer favorável da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Ministério da Agricultura e da Polícia Federal para a autorização do voo internacional para a Bolívia.
“Temos que resolver esta questão porque o Brasil precisa ser destravado e as coisas precisam ser simplificadas. Precisamos gerar emprego e renda e os governos federal, estaduais e municipais não podem atrapalhar. Temos que ter alternativas para ir e vir”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Os voos internacionais pelo Marechal Rondon estão travados há pelo menos cinco anos. Em 2016, um voo transportando o então governador de Santa Cruz de La Sierra, capital da Bolívia, Rubens Costas Aguilera, e autoridades políticas e empresariais foi anunciado como inauguração do terminal internacional, desde então as viagens estão travadas.