Opinião

Como a nutrição pode ajudar à saúde cerebral?

A depressão é um transtorno do humor que provoca sentimentos persistentes de tristeza e uma perda geral de interesse pela vida. Outros sinais e sintomas da depressão incluem perda de apetite, perda ou aumento significativo de peso, alterações nos padrões de sono, falta de energia, dificuldade de concentração e dores inexplicáveis. Algumas das causas e fatores de risco para o desenvolvimento de depressão incluem o isolamento social, o estresse, o histórico familiar de depressão, problemas de relacionamento familiar ou social, dificuldades financeiras, traumas de infância ou abusos sofridos, álcool, drogas e determinadas condições de saúde e também as deficiências nutricionais  contribuem para o risco de depressão. Pesquisadores descobriram que as pessoas que sofrem de depressão e transtornos do humor apresentam carência não só de um, mas de vários nutrientes. “Sempre se lembrem de que a comida alimenta o cérebro e o corpo”. Os ácidos graxos ômega-3 oferecem numerosos benefícios à saúde. Eles desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso central, e é fundamental para a estrutura das células do cérebro. Em estudo publicado em 2014 pela Oxidative Medicine and Cellular Longevity, os pesquisadores apontaram que a ingestão adequada de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 PUFA e as intervenções dietéticas com suplementos de ácidos graxos ômega-3 podem ajudar a prevenir e curar a depressão. Para fornecer ao seu corpo uma quantidade adequada de ácidos graxos ômega-3, é recomendado consumir linhaça, peixes gordos como o salmão, bem como nozes e ovos. Pode-se também tomar suplemento de ácidos graxos ômega-3, após indicação do nutricionista. A falta de vitamina D é associada tanto com a depressão quanto com a demência e o autismo. Esta vitamina ajuda na produção de serotonina, o hormônio do cérebro associado com o humor e a sensação de felicidade. Um nível adequado de serotonina ajuda a prevenir e curar a depressão leve. Além disso, a vitamina D é importante para o sistema imune e para a saúde dos ossos. Um estudo de 2010, publicado no Journal of Mental Health Nursing, observa que a deficiência de vitamina D é comum entre os idosos, adolescentes, indivíduos obesos e pessoas com doenças crônicas. Essas pessoas, portanto, têm maior risco de depressão. Outro estudo, publicado em 2014 pela Medical Hypotheses, relata uma ligação entre o distúrbio afetivo sazonal (SAD) e a falta de luz solar. Os pesquisadores destacam que a vitamina D participa da síntese da serotonina e da dopamina no cérebro, fator associado à depressão e, portanto, à sua cura. Portanto passar mais tempo ao sol ajuda o corpo a obter mais vitamina D. O magnésio é outro nutriente importante cuja falta pode levar à depressão. Ele ajuda a ativar as enzimas necessárias para a produção da serotonina e da dopamina, além de influenciar vários sistemas associados com o desenvolvimento da depressão. O magnésio ainda mantém os ossos saudáveis e reduz a ansiedade e a pressão sanguínea. Para evitar a deficiência de magnésio, é recomendado comer alimentos ricos nesse nutriente, como algas, amêndoas, abacate, banana, feijão, sementes de abóbora, tofu, cereais integrais e vegetais de folhas verdes. Além disso, é necessário evitar o consumo excessivo de álcool, sal, café e açúcar, pois eles podem reduzir o nível de magnésio. Na próxima semana falarei de mais nutrientes para a saúde cerebral.

 

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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