Economia

Habitação, transporte e alimentação representam 80% do orçamento dos brasileiros

As famílias brasileiras gastam mais de 80% do orçamento para manutenção do dia a dia. E entre essas despesas de consumo, os gastos com habitação, transporte e alimentação continuam comprometendo a maior parte do orçamento doméstico. As informações são da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018, divulgada nessa sexta-feira (3) pelo IBGE.

A despesa total média familiar no Brasil foi calculada em R$ 4649,03.

As despesas de consumo e outras despesas, como pagamento de impostos, significam 92,7% do total de gastos. Os percentuais são parecidos para famílias que residem na área urbana e na área rural, sendo que que os domicílios rurais comprometem uma fatia ainda maior do orçamento com a manutenção do dia a dia, quase 85%.

A habitação consome em média 36,6% das despesas de consumo. O transporte é a segunda maior despesa, comprometendo 18,1%, e a alimentação, 17,5%.

O gerente da pesquisa, André Martins, destaca que que os dados revelam mudanças de hábito das famílias brasileiras em aspectos importantes, por exemplo, na alimentação.

A pesquisa mostra que as famílias foram ao longo dos anos comprometendo mais o orçamento com as despesas correntes e menos com investimentos. Das despesas totais, sobraram apenas cerca de 4% para que as famílias invistam e cerca de 3% para pagamento de dívidas.

A primeira pesquisa realizada sobre o tema, o Estudo Nacional da Despesa Familiar referente a 1974 e 1975 mostra que as famílias aplicavam 16,5% das despesas com investimentos. Esse percentual chegou a 4,1% nesta pesquisa.

A porcentagem destinada ao pagamento de dívidas subiu de 2,1% em 2008-2009 o para 3,2% em 2017 e 2018.

O gerente da pesquisa ressalta ainda como os dados mostram a desigualdade no gasto familiar de acordo com as faixas de renda.

Também há desigualdades entre as regiões.

Em relação a formação do rendimento médio mensal das famílias brasileiras, a região Sudeste foi a que mais contribuiu para o valor, com 51,4% de participação. 

Já as regiões Norte e Nordeste têm os menores rendimentos e a menor contribuição no cálculo final, com participação de 17%.

O rendimento médio mensal das famílias brasileiras foi calculado em R$ 5.426,70.

Redação

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