Economia

Economia brasileira cresce 0,4% no 2º tri puxada por indústria e serviços

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2019 em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo período de 2018, o PIB subiu 1%. No ano, a alta é de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O resultado ficou mais na ponta mais alta das previsões de mercado, que variavam de 0,2 a 0,5% em sua maioria.

“É uma surpresa extremamente positiva e irá forçar revisões em nossas projeções”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton, em nota.

A Agropecuária teve queda de 0,4% no trimestre enquanto os Serviços subiram 0,3%. A surpresa foi a indústria, que registrou a maior alta entre os segmentos, de 0,7%.

O resultado chama a atenção porque dados anteriores do próprio IBGE indicavam que o setor havia encerrado o segundo trimestre com contração, e não alta, da ordem de 0,7%.

O avanço vem apesar de quedas nas indústrias extrativas (-3,8%) e nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,7%) e foi puxado por uma alta de 2% na Indústria de Transformação.

A construção cresceu 2% em comparação com o mesmo período de 2018, o primeiro resultado positivo na base anualizada após 20 quedas consecutivas.

O IBGE destaca que, juntas, as indústrias de transformação e construção respondem por cerca de 70% do setor. 

Pela ótica da despesa, as variações positivas ficaram com as despesas de consumo das famílias (0,3%), que subiu pelo nono trimestre seguido.

O investimento também teve um resultado bastante positivo, com avanço de 3,2%, enquanto que as despesas de consumo do governo recuaram 1,0%.

Os dados do PIB divulgados hoje afastam a possibilidade do Brasil ter entrado em uma recessão técnica, que se configura quando o PIB recua por dois trimestres seguidos.

O PIB já teve queda de 0,1% no primeiro trimestre, de acordo com dados atualizados hoje pelo IBGE, na primeira retração desde o fim da recessão de 2015 e 2016.

Antes, o IBGE havia informado recuo de 0,2% no período. A revisão é praxe, na medida em que os dados se consolidam ao longo do tempo.

Redação

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