Quatro dos oito deputados federais da bancada de Mato Grosso vão pedir mudanças no texto da reforma da Previdência enviada pelo presidente Jair Bolsonaro. Rosa Neide (PT), Carlos Bezerra (MDB), Leonardo Albuquerque (SD) e Juarez Costa (MDB) querem a retirada do modelo capitalização e modificações nas regras para o trabalhador rural.
Contudo, o líder da bancada, Neri Geller (PP), diz que as posições dos parlamentares são pela manutenção de municípios e Estados na reforma, em acordo com o pedido do governador Mauro Mendes.
“Eles querem fazer mudanças pontuais e eu concordo com alguns eles. O Juarez que mudanças nas regras para o trabalhador rural e está com uma posição firme sobre isso, e acho que ele está correto. A Rosa Neide que a retirada do modelo capitalização porque prejudica os que têm benefícios menores, e a capitalização acaba que sobra para a remuneração privada”.
Nesta semana, o governador Mauro Mendes participou em Brasília de reunião dos governadores em defesa da manutenção de Estados e municípios no texto da reforma. Uma reunião com os integrantes da bancada chegou a ser anunciada, mas não ocorreu. O encontro, que deve ocorrer na próxima semana, será para cobrar o apoio ao pedido.
“O governador realmente ligou pra mim pedindo que reforçasse o pedido do apoio a manutenção dos Estados, assim como ligou para outros deputados. Mas, ela [a reunião foi transferida] para a próxima semana”.
Dificuldades à vista
E os governadores e prefeitos terão que aumentar a articulação pelo interesse das unidades federativas permanecerem no texto original. Conforme reportagem do Uol, os partidos do chamado Centrão na Câmara Federal já bateram martelo pela saída.
O relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que os líderes do Centrão acataram as mudanças exigidas pela maioria dos deputados – incluindo a retirada da capitalização e mudanças nas regras para o trabalhador rural – com a condição de que os Estados e municípios fiquem de fora da reforma.
A manutenção terá que ser defendida pelos governadores e prefeitos, que não queiram fazer reformas próprias de acordo com a necessidade de cada unidade.