O advogado português Pedro Proença solicitou que o Ministério Público Federal investigue e apresente denúncia contra o cuiabano Joaquim Lara Pinto, acusado de matar o enteado, Rodrigo Lapa, de 15 anos, em Portugal, em 2016.
Pedro Proença trabalha para o pai e cobra o andamento do processo e a condenação de Joaquim, como responsável pela morte do adolescente.
Segundo as investigações, Rodrigo foi encontrado morto em um terreno, perto da casa dele, e um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que ele foi estrangulado. O corpo do adolescente foi localizado 10 dias depois dele ter sido considerado desaparecido.
Ainda de acordo com as investigações, no mesmo dia em que Rodrigo desapareceu, o padrasto embarcou para Cuiabá. A polícia portuguesa suspeita que Joaquim teria tentando fugir da acusação de homicídio.
Ainda segundo Pedro Proença, em Portugal, o processo tramita em segredo de Justiça. Entretanto, uma cópia foi encaminhada, em março deste ano, para a Procuradora Geral da República, em Cuiabá.
De acordo com Raphael Arantes, advogado do suspeito, o médico psiquiatra que trata Joaquim, emitiu um laudo apontando que o cliente encontra-se impossibilitado de prestar depoimento.
"Ele não tem condições de prestar depoimento porque não tem discernimento suficiente para isso", explicou o Raphael.
Ainda segundo o advogado, Joaquim, que mora em Bairro Tijucal, na capital, não tem contato com filha que teve com a mãe de Rodrigo. Na época em que ele deixou o país, a menina tinha 6 meses. No entanto, após o crime, a Justiça proibiu que ele tenha contato com a criança e com a mãe dela.
Em setembro de 2017, uma equipe da Polícia Federal (PF) e dois policiais de Portugal cumpriram mandado de busca e apreensão na casa onde Joaquim estava morando, em Cuiabá. Na residência, os policiais teriam encontrado o celular que pertencia a Rodrigo.
Recentemente o advogado do pai de Rodrigo teve acesso a um laudo que aponta que em luvas de látex encontradas próximo ao corpo da vítima, havia material genético de Joaquim. De acordo com Pedro Proença o laudo foi juntado ao inquérito como prova de que o suspeito seria autor do crime.