O senador democrata Brad Hoylman, comemorou, em seu perfil no Twitter, o cancelamento da ida do presidente Jair Bolsonaro a Nova York, Estados Unidos, para participar de jantar organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, no qual seria homenageado como “Pessoa do Ano”.
O democrata havia feito uma petição com um pedido à rede de hotéis Marriott que desistisse de receber o evento que “honraria” um “homofóbico”. Segundo Brad Hoylman, o abaixo assinado já havia alcançado mais de 50 mil assinaturas.
“Vitória: Nós enfrentamos o presidente homofóbico do Brasil Jair Bolsonaro e vencemos”, afirmou Brad em sua conta no Twitter. “O ódio não tem lugar em Nova York”.
A homenagem ao presidente brasileiro foi marcada por polêmicas. Pelo menos três empresas patrocinadoras do evento retiraram seus apoios ao saber da participação de Bolsonaro e sofrem pressões nas redes sociais: a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times.
No dia 15 de abril, o Museu Americano de História Natural de Nova York, onde inicialmente a homenagem iria ser realizada, desistiu de sediar o evento após pressão de ativistas e funcionários da instituição.
Depois do museu, foi a vez do restaurante Cipriani Hall também recusar a missão de sediar o evento diante da pressão de críticos do presidente, entre eles o prefeito da cidade, Bill de Blasio, que chamou Bolsonaro de “1 ser humano perigoso”.
Na sequência, o hotel New York Marriot Maquis aceitou receber o jantar e também passou a ser alvo de manifestações. Brad Hoylman escreveu uma carta ao hotel para que o local também não recebesse o presidente brasileiro. Segundo o senador, Bolsonaro “não merece uma plataforma pública de reconhecimento em nossa cidade”.
Seria a 2ª viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos em quase 5 meses de governo. Estava marcada para ser de 13 a 15 de maio, pois também incluiria uma passagem por Miami, também cancelada.
Em nota, a secretaria de Comunicação da Presidência da República publicou nota informando o cancelamento da ida a Nova York se deu pela “ideologização” do evento.
“Em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”, diz a nota.