Além de chamar a atenção para o cenário de crise pela qual passa a suinocultura neste momento, o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Raulino Teixeira, afirma que os pontos de venda não estão repassando a queda dos preço do quilo do suíno para o consumidor. De acordo com ele, os valores praticados nas gôndolas dos mercados e nos açougues poderia muito bem ser até 150% menor em alguns cortes.
“Tem estabelecimentos vendendo lombo suíno por R$ 16 o quilo, o pé e a orelha a R$ 14 ou R$ 15, estes valores não condizem com o momento da suinocultura. O preço final que chega ao consumidor está cerca de 150% maior do que os custos de produção”, afirma.
Para ele, o mato-grossense consumiria mais carne de porco se soubesse, além dos benefícios à saúde quando comparados à carne bovina, que pode encontar um preço mais em conta. .
"Sabemos que o consumo doméstico não chega nem a 25% do total da nossa produção, e com esse preço fica difícil estimular o consumo da carne suína em nosso estado", continua Teixeira.
De acordo com o presidente da Acrismat, Raulino Teixeira, o baixo preço pago pelo quilo do suíno tem tornado a atividade inviável para produtores no Estado. Atualmente, o quilo do suíno vendido pelo suinocultor tem preço médio de R$ 2,55, sendo que o ideal, só para cobrir os custos de produção, seria um valor em torno de R$ 3,30. Contudo, mesmo com a desvalorização do preço do quilo do suíno pago ao produtor este ano, o que se vê nos açougues é outra realidade.
Especialistas em nutrição e pesquisadores costumam apontar menores índices de colesterol e menor incidência de várias outras complicações. É o principal tipo de proteína animal consumida na Europa e boa parte da ásia não muçulmana.