Em dezembro de 2017, a produção industrial nacional cresceu 2,8% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, a maior alta desde junho de 2013 (3,5%). Nos quatro últimos meses, as taxas foram positivas, acumulando alta de 4,2%.
Em relação a dezembro de 2016, a indústria teve alta de 4,3%, a oitava taxa positiva consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior (série sem ajuste), mas inferior às taxas de outubro (5,5%) e novembro (4,7%). Com isso, frente ao mesmo período de 2016, indústria cresceu 4,9% no quarto trimestre e 4,0% no segundo semestre.
No acumulado de 2017, a produção industrial cresceu 2,5%, após quedas em 2014 (-3,0%), 2015 (-8,3%) e 2016 (-6,4%).
A publicação completa, a apresentação e a série história da Pesquisa da Indústria Mensal (PIM PF Brasil) estão à direita desta página.
De novembro para dezembro de 2017, houve altas em 20 dos 24 ramos industriais
Na comparação de dezembro frente a novembro de 2017, a indústria teve alta em três das quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências positivas foram veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%), que reverteu a queda de 0,8% no mês anterior, e produtos alimentícios (3,3%), que avançou pelo segundo mês consecutivo e acumulou crescimento de 4,3%.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos de borracha e material plástico (6,9%), de metalurgia (4,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,3%), de outros equipamentos de transporte (15,2%), de produtos diversos (21,2%), de produtos de metal (6,0%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,8%).
Entre os quatro ramos que reduziram a produção em dezembro, destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e indústrias extrativas (-1,5%). O primeiro eliminou parte do avanço de 22,8% acumulado em outubro e novembro de 2017, o segundo tem perdas de 5,6% desde outubro de 2017 e o terceiro recuou após avançar 0,6% em novembro.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com novembro de 2017, bens de consumo duráveis tiveram a maior alta (5,9%) e o segundo resultado positivo consecutivo, com um acumulado de 8,9% nesse período. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (3,0%) e de bens intermediários (1,7%) também cresceram, com o primeiro revertendo a perda de 2,4% do mês anterior, e o segundo com um avanço acumulado de 3,0% em dois meses consecutivos de crescimento. Bens de capital (0,0%) mostrou variação nula, o que interrompeu o comportamento positivo iniciado em abril de 2017, período em que acumulou expansão de 12,4%.
Média móvel trimestral tem alta de 1,2% em dezembro de 2017
A evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria cresceu 1,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2017 frente ao mês anterior, e manteve a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (2,4%) teve a maior alta em dezembro e permaneceu com o comportamento positivo iniciado em abril de 2017. Os setores produtores de bens intermediários (0,9%), de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) e de bens de capital (0,5%) também tiveram altas em dezembro de 2017. O primeiro aumentou o ritmo de crescimento frente a novembro de 2017 (0,6%), o segundo interrompeu três meses seguidos de taxas negativas, que acumularam redução de 1,6%, e o último teve a nona expansão consecutiva e acumulou ganhos de 12,3% nesse período.
Produção industrial sobe 4,3% em relação a dezembro de 2016
Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria cresceu 4,3% em dezembro de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, em 20 dos 26 ramos, 51 dos 79 grupos e 54,0% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (25,1%) exerceu a maior influência positiva. Outras contribuições relevantes sobre o total vieram de metalurgia (18,1%), de produtos alimentícios (2,9%), de celulose, papel e produtos de papel (10,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,9%), de produtos de borracha e de material plástico (8,0%), de outros produtos químicos (2,6%), de produtos de metal (5,8%), de produtos têxteis (11,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,6%), de outros equipamentos de transporte (10,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (5,8%) e de produtos de madeira (8,3%).
Das cinco atividades em queda, as principais influências negativas ocorreram nas indústrias extrativas (-3,0%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-15,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (20,8%) e bens de capital (8,8%) tiveram as maiores altas em dezembro de 2017, frente ao mesmo período de 2016. Os segmentos de bens intermediários (4,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) também cresceram, mas ficaram abaixo da média nacional (4,3%).
Bens de consumo duráveis avançou 20,8% em dezembro de 2017, a 14ª taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde fevereiro de 2014 (23,3%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (24,5%), motocicletas (112,5%), eletrodomésticos da “linha branca” (5,7%) e da “linha marrom” (5,0%), móveis (6,1%) e outros eletrodomésticos (19,8%).
Bens de capital cresceu 8,8% em dezembro de 2017, oitavo resultado positivo consecutivo e ligeiramente mais intenso do que o de novembro último (8,4%). O segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (21,4%). As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital de uso misto (29,4%), para construção (50,1%), para fins industriais (4,4%) e para energia elétrica (4,9%). O único impacto negativo foi no grupamento de bens de capital agrícola (-28,2%).
O segmento de bens intermediários cresceu 4,2% em dezembro de 2017, a oitava taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde abril de 2013 (6,8%). O resultado foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de metalurgia (18,1%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (18,4%), de produtos alimentícios (7,1%), de celulose, papel e produtos de papel (12,1%), de produtos de borracha e de material plástico (8,5%), de produtos de metal (7,7%), de outros produtos químicos (2,4%), de produtos têxteis (9,7%), de máquinas e equipamentos (6,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%) e de produtos de minerais não metálicos (1,0%).
Ainda entre bens intermediários, outros resultados positivos relevantes vieram dos grupamentos de insumos típicos para construção civil (7,3%), que marcou a expansão mais acentuada desde abril de 2013 (9,6%), e de embalagens (5,4%), que mostrou a quinta taxa positiva consecutiva. O único resultado negativo veio das indústrias extrativas (-3,0%).
Bens de consumo semi e não duráveis variou 0,2% em dezembro de 2017, terceiro resultado positivo consecutivo, mas o menos elevado dessa sequência. O desempenho foi explicado, em grande parte, pelas altas nos grupamentos de não duráveis (4,7%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,9%). As taxas negativas nessa categoria foram registradas nos subsetores de semiduráveis (-6,5%) e de carburantes (-1,6%).
Indústria cresceu 4,9% no último trimestre de 2017
Frente ao mesmo período de 2016, a produção industrial avançou 4,9% no quarto trimestre de 2017, a maior alta desde o segundo trimestre de 2013 (5,1%) e manteve o comportamento positivo registrado nos três primeiros trimestres de 2017: janeiro-março (1,3%), abril-junho (0,4%) e julho-setembro (3,2%). O resultado interrompeu 11 trimestres consecutivos de taxas negativas nessa comparação.
O aumento no ritmo de produção na passagem do terceiro (3,2%) para o quarto trimestre de 2017 (4,9%) foi observado em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis (de 14,6% para 17,8%) e bens de capital (de 7,6% para 10,7%). O primeiro segmento foi influenciado, em grande parte, pela produção de eletrodomésticos (de 8,5% para 11,1%), móveis (de 7,6% para 16,1%) e motocicletas (de -8,6% para 32,5%), enquanto o segundo teve impacto de bens de capital para equipamentos de transporte (de 13,0% para 19,6%), para construção (de 50,2% para 62,8%) e para fins industriais (de -2,0% para 4,5%).
Bens intermediários (de 1,7% para 3,9%) também teve ganhos entre os dois períodos, enquanto o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (de 2,9% para 2,8%) mostrou ligeira redução na intensidade do crescimento.
Em 2017, a indústria do país acumulou alta de 2,5%
No acumulado de 2017, na comparação com 2016, a indústria cresceu 2,5%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 51 dos 79 grupos e 56,4% dos 805 produtos pesquisados.
Veículos automotores, reboques e carrocerias (17,2%) foi a atividade que exerceu a maior influência positiva, seguida pelas indústrias extrativas (4,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,6%), de metalurgia (4,7%), de produtos alimentícios (1,1%), de produtos de borracha e de material plástico (4,5%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%), de máquinas e equipamentos (2,6%) e de produtos do fumo (20,4%).
Das sete atividades com queda na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,1%) teve a maior contribuição negativa, pressionada, em grande medida, pelo item óleo diesel. Outras baixas importantes vieram de outros equipamentos de transporte (-10,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%), de produtos de minerais não metálicos (-3,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, destaque para bens de consumo duráveis (13,3%) e bens de capital (6,0%), que tiveram a influência da baixa base de comparação, com -14,4% e -10,2%, respectivamente, no acumulado de 2016. Dessas duas grandes categorias, a primeira foi impulsionada pela ampliação na fabricação de automóveis (20,1%) e eletrodomésticos (10,5%) e a segunda pelos bens de capital para equipamentos de transporte (7,9%), de uso misto (18,8%) e para construção (40,1%).
Os setores produtores de bens intermediários (1,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) também cresceram no acumulado no ano, mas com avanços abaixo da média nacional (2,5%).