Passada a euforia do consumo do Natal e Ano Novo, somos agraciados com as famosas despesas de janeiro como: material escolar, matrículas, IPVA, IPTU e por aí vai.
Para quem se preparou, e fez uma reserva, a tarefa está fácil, basta verificar o percentual de desconto para pagamento à vista, e se for de no mínimo 1%, feche na hora, porque dificilmente você encontrará no mercado investimentos que pagam esse percentual.
Para quem não fez a reserva para essas despesas adicionais, que são previstas para todo início de ano, alguns cuidados são essenciais:
Em primeiro lugar, não faça qualquer tipo de empréstimo, principalmente para pagamentos de tributos, onde os juros são baixos para o caso de parcelamentos.
Faça uma previsão dos gastos para o ano, de modo a escalonar as despesas durante os próximos meses, e para que saiba exatamente qual o valor do parcelamento que poderá pagar.
Caso não tenha dinheiro para pagar todas as despesas de janeiro, dê preferência para aquelas que podem implicar penalidades graves, como a apreensão do seu veículo (IPVA, parcelamentos do carro), processo judicial que pode resultar na perda de bens (IPTU, prestações de financiamentos imobiliários), renovação da carteira de habilitação e seguro do carro.
Faça de tudo para conseguir descontos nas matrículas escolares, porque o impacto positivo será sentido durante o ano no seu orçamento.
Em relação aos materiais escolares, só saia para comprar quando souber exatamente o valor que pode gastar e tente conversar com seus filhos sobre isso, para que não haja discussões dentro da loja, ou melhor ainda, vá as compras sem as crianças assim você vai gastar o que está no orçamento sem ficar com o coração em pedaços por não fazer os gostos dos filhos ou até mesmo acabar se endividado por ceder aos desejos dos filhos.
Agora precisamos acabar com um mito, por mais que doa. Caso não tenha dinheiro para pagar todas as despesas de janeiro, descumpra o que muitos especialistas falam para pagar aquelas com maiores taxas de juros, porque a preferência é para as que implicam em perda de bens, como uma busca e apreensão do seu veículo, que pode ser seu instrumento de trabalho ou a execução do seu imóvel.
Desse raciocínio você pode ter chegado à conclusão que não poderá pagar o cartão de crédito, e ficará com o nome “sujo” e ainda terá que pagar juros altos. É isso mesmo, e que problema tem? O “leite já está derramado”, você não se planejou antes, embora já soubesse das famosas despesas de janeiro, e é muito melhor fazer uma boa negociação futuramente, do que não ter onde morar depois.
Educador Financeiro, Coach e Vice-Presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN) mrubles.hotmail.com