Nacional

Governo pode rever contas para liberar gastos ainda este mês, diz ministro

O governo pode rever suas contas mais uma vez para liberar gastos do orçamento público ainda em novembro. Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o governo poderá realizar um novo descontingenciamento de despesas, inclusive para recompor o limite de empenho do Ministério dos Transportes, com o objetivo de assegurar a manutenção das rodovias federais. 

"Ainda não sabemos quanto e quando (haverá essa liberação). Teremos o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas até o dia 22 deste mês e a intenção é fazer o descontingenciamento antes, mas ainda não temos os dados da arrecadação de outubro. Ainda não dá para fazermos uma estimativa", afirmou, após audiência pública na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional.

Questionado se não seria melhor o governo aproveitar essa "folga" de recursos neste ano para fazer um déficit primário menor que a meta de R$ 159 bilhões, Oliveira respondeu que o nível de contingenciamento deste ano é muito forte em um orçamento já apertado.

"Se tivermos a oportunidade de descontingenciar um pouco o faremos para a manutenção de rodovias e o funcionamento dos órgãos. Mas faremos isso desde que haja segurança. Não vamos correr o risco de não cumprir a meta fiscal", acrescentou.

Para 2018, o ministro também respondeu que "não está sobrando dinheiro". Segundo ele, o orçamento está no limite exato da meta de déficit do próximo ano, que também é de R$ 159 bilhões. "Adotamos uma posição conservadora (nas despesas) porque há riscos, como as receitas de concessões", repetiu.

Oliveira disse acreditar que o governo terá apoio do Congresso para a aprovação de medidas de corte de gastos necessárias para o orçamento do próximo ano, como o adiamento do reajuste dos servidores públicos.

"O Congresso tem colaborado com o processo de ajuste fiscal e dessa vez não será diferente. Estamos fazendo um trabalho de convencimento com os parlamentares, mostrando a situação grave das contas públicas", afirmou.

Ele esclareceu ainda que o fundo partidário terá que "disputar espaço" com as emendas de bancada no orçamento do próximo ano, já que essas despesas estão sujeita ao teto de gastos. 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus